Câmara homenageia portadores de Síndrome de Down

 

Em comemoração ao Dia Municipal da Síndrome de Down (21 de março), a Câmara Municipal homenageou ao final da sessão ordinária desta terça-feira, 20, dezenove portadores dessa síndrome participantes do projeto “Felicidade Down”. A data, que também é comemorada nacionalmente, foi instituída em Sorocaba, no ano 2009, por meio de lei de autoria do vereador José Francisco Martinez, presidente da Câmara. A partir deste ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) passa a celebrar a data.

 

Os primeiros homenageados foram os fundadores da instituição, Célia Regina dos Santos e Tomás André dos Santos. “A gente sabe do empenho de vocês no projeto e só temos a agradecer ao casal. Esta homenagem é muito pouco perto do trabalho que vocês realizam”, disse Martinez aos pais de Bruna Teresa dos Santos, uma das jovens homenageadas e que trabalha em uma pizzaria.

 

Em nome dos homenageados e de seus pais, Tomás André dos Santos agradeceu a iniciativa da Câmara. “Ações como esta da Câmara são muito importantes, pois trabalhamos com informação. Depois de anos de luta, um grupo de países liderados pelo Brasil conseguiu oficializar a data na ONU que será comemorada amanhã com a participação de muitos brasileiros. Estamos muito contentes com isso”, disse.

 

Em seguida o presidente e os demais vereadores entregaram os votos de congratulações aos demais homenageados: Luana Machado, funcionária da Pizza Hut; Bruna Teresa Santos, Gustavo Hildebrande de Araújo e Rodrigo Martins, da Metso. Andréia Moreira Rosa, Lílian Cristina Fernandes Ruberti, Paula Ribeiro Costa e Paula Chanes de Moraes, da Flextronics. Michel Moreira da Silva e Marcos Abimael Marcondes, da Flora Park; Ricardo Escanhoela, da Eldorado Automóveis; Carine Angélica de Oliveira, Mônica Quito de Oliveira e Karina Cavalari, do Wal Mart; Camila Alvarenga e Denilo Ierauri Lima Negrini, do McDonald`s, e os atletas Paulo Roberto Campos do Amaral (nadador) e André Bortoletto Ribeiro Toledo (Atletismo) e o participante do Agility, o auxiliar de adestrador de cães, Fábio Rogério Bombardello de Oliveira.

 

Felicidade Down: Conforme dizem seus fundadores, o projeto “nasceu da vontade de ajudar os pais de crianças, adolescentes e jovens com Síndrome de Down interessados em promover a felicidade imediata de seus filhos.” Pelo menos trezentas famílias participam desse projeto.

 

“E os homenageados são justamente as pessoas que conseguiram, com esforço próprio, e o apoio de seus familiares bem como de instituições como o Projeto Felicidade Down, a vencer barreiras fazendo valer seus talentos e direitos e, assim, dão exemplo de vida.”

 

Mais informações a respeito desse projeto podem ser obtidas por meio do site: www.felicidadedown.com.br.

 

Data comemorativa: Para o presidente da Câmara, o Dia Municipal da Síndrome de Down, é “mais uma forma de transmitir informações à sociedade e assim vencer cada vez mais as barreiras do preconceito. Antigamente, diz ele, os portadores sequer saiam de casa. A mudança de comportamento das outras pessoas foram mudando com os avanços da ciência e a disseminação da informação. Embora essa visão tenha mudado radicalmente é necessário reconhecer que ainda temos muito a caminhar a favor dessa causa, da inclusão social, para que essas pessoas possam desenvolver todo o seu potencial.”

 

O dia oficial da celebração é 21 de março, ou seja, 21/3, em referência à alteração no cromossomo 21: ela ocorre quando os 23 cromossomos da mãe encontram os 23 do pai, e então num deles surge uma diferença, fazendo com que o feto, em vez de 46 cromossomos, tenha 47. Porque o cromossomo 21, em fez de forma um par, acaba formando um trio (21/3) Essa é a alteração genética mais comum. Com base nela é que foi escolhida a data.

 

O Brasil propôs e os 193 países que integram a ONU passam a observar o dia 21/03 como sendo a data oficial do Dia Internacional da Síndrome de Down. Com a participação de brasileiros, da Associação Carpe Diem, e do Instituto MetaSocial, a ONU realiza, nesta quarta-feira, em Nova York a Conferência “Construindo o Nosso Futuro.”

 

O presidente da Câmara, vereador Martinez, diz que os portadores da síndrome já foram, durante décadas, vítimas de preconceitos. Mas, hoje, “o cenário é bem diferente para eles. Porque participam ativamente não apenas da família, da escola, mas também do mercado de trabalho que, aliás, está cada vez mais aberto a eles.”