26/02/2013 13h53
 

Em sessão anterior, os vereadores Luis Santos (PMN) e Rodrigo Manga discordaram sobre o programa de redução de danos da Prefeitura

 

A secretária de Cidadania e vice-prefeita, Edith di Giorgi, acompanhada de sua equipe, esteve na Câmara ao final da sessão ordinária desta quinta-feira, 25, para esclarecer dúvidas dos parlamentares quanto ao trabalho de redução de danos da prefeitura - “Programa entre Nós”. A visita foi motivada pela divergência entre os vereadores Luis Santos (PMN) e Rodrigo Manga (PP) sobre o programa, levantada em sessão anterior.

 

Manga ressaltou que o programa de redução de danos tem como objetivo minimizar os males da dependência química o que, em sua opinião, é válido na somatória de ações. “Espero que o esforço continue para atingir índices ainda melhores”, afirmou. “Infelizmente não há uma pílula que a pessoa tome e deixe de usar drogas. É um processo longo”, completou.

 

Por sua vez, o vereador Luis Santos lembrou que questiona a eficácia desde o início do programa e a falta de acesso a informações. “Sou contrário ao foco do programa que orienta no uso, sem dizer nada para que o usuário não o faça”, afirmou. O vereador frisou que o programa foi aprovado pela Câmara, mas que não há acesso aos resultados. “O foco parece trazer a ideia da oficialização do uso. Na maneira como foi colocado, há uma distorção absurda”, concluiu.

 

Programa: A atuação integrada com compartilhamento de casos em rede foi levantada pela equipe como a metodologia adotada pelo Município. 

 

Segundo a secretária, o foco não é estimular, mas sim trabalhar para que o usuário não precise mais da droga e possa substituí-las por outras atividades saudáveis. “Nem todas as pessoas conseguem chegar à abstinência inicialmente, alguns nunca. Muitas vezes acontece gradualmente”, disse.

 

A coordenadora do “Programa entre Nós”, Gisele Varela, fez uma explanação sobre o projeto. Segundo a coordenadora, o programa foi iniciado com uma pesquisa e em 2010 foi estruturado, incluindo o serviço consultório de rua e o tratamento comunitário. O município conta com três comunidades terapêuticas.

 

Com recurso municipal de R$ 2,854 milhões e federal de R$ 684 mil, os dados do ano passado foram: internações 554; formações 326; consultório de rua 3091 atendimentos e CAPS AD 757 atendimentos.

 

O presidente da Casa e outros parlamentares destacaram que o embate entre os os dois vereadores que motivou a vinda da equipe foi saudável para esclarecer dúvidas em relação ao programa. “Independente da opinião, tudo que é de interesse da população devemos debater”, afirmou Martinez que agradeceu a vinda da secretária de maneira involuntária.