População acompanhou discussão e votação do veto ao projeto de iniciativa popular que agora será sancionado em 48 horas
Após longa discussão e apresentação de argumentos pelos parlamentares, foi derrubado pela Câmara na sessão ordinária desta terça-feira, 26, o veto total do prefeito ao Projeto de Lei n. 199/2012, de iniciativa popular, que cria o Hospital Municipal de Sorocaba. Com quinze votos contrários e cinco favoráveis, o veto total foi rejeitado.
A proposta, aprovada na Conferência Municipal de Saúde do ano passado, conseguiu a adesão de 26.584 eleitores em campanha que contou com o apoio de entidades, sindicatos e associações, responsáveis pela coleta de assinaturas ao projeto.
Justificativa do veto: O líder do Governo,
“A construção do hospital público municipal é algo irreversível, independe da aprovação de uma lei especifica aqui na Câmara”, disse lembrando que obra é uma prioridade incluída no plano de Governo do então candidato e atual prefeito
Em resposta ao vereador Waldecir Morelly (PRP), Mendes destacou que no prazo de 24 meses serão dois novos hospitais em Sorocaba, um Estadual, para atender 48 cidades, e outro do município, em área da Zona Norte. O líder anunciou para
Pela rejeição: Izídio de Brito (PT), que levantou a bandeira do Hospital Municipal na Casa, lembrou que o ex-prefeito Vitor Lippi era contrário a proposta, o que motivou a mobilização popular com mais de 26 mil assinaturas, e que o atual prefeito está equivocado quanto à questão jurídica apontada pelo veto.
“No orçamento consta a verba para iniciar a construção do hospital municipal, aprovado pela Câmara. É lógico que precisamos buscar recursos dos governos Federal e Estadual; não temos dúvida este hospital vai ser compartilhado. O que esta Casa precisa fazer hoje é respeitar a vontade popular”, afirmou Izídio que pediu a derrubada do veto.
O vereador lembrou que a Comissão e Justiça presidida por
“É uma guerra de egos entre dois partidos. O importante é que a população tenha um hospital para ser bem atendido. Uma democracia representativa deve atender a vontade soberana do povo, como consta na Constituição”, disse
“A população entendeu que o melhor para Sorocaba hoje é a construção de um hospital municipal”, afirmou Marinho Marte. “Hoje é um dia histórico na Câmara, pois a Casa demonstra uma independência total, como preconiza a essência do Legislativo e a independia dos poderes”, afirmou
Neto lembrou que uma comissão da Casa visitou o hospital de Uberlândia, gerido por uma Ossip, e afirmou que a dificuldade maior não é a construção de um hospital, mas seu gerenciamento, usando o exemplo do município mineiro construído em 2009 em R$ 74 milhões, com 50 % da união e o restante dividido entre Estado e Município, com gasto de R$ 96 milhões ano, também na mesma proporção.
Irineu Toledo (PRB) que também participou da visita, falou do hospital como exemplo bem sucedido de gerenciamento.
Tramitação do projeto: O vereador Claudio do Sorocaba I afirmou que na votação do projeto, os parlamentares foram favoráveis a proposta - aprovada em primeira discussão no dia 7 de fevereiro e em segunda em 14 de fevereiro - incluindo a bancada do Governo. “Não podemos agora mudar de posição”, disse.
Jessé Loures (PV) também falou do desconforto da base do governo em acatar o veto, após a aprovação do projeto. “Numa matéria de tanta necessidade e complexidade, a população espera uma resposta imediata”, afirmou. Da mesma forma,
José Crespo (DEM) reforçou argumentos já apresentados por outros parlamentares enaltecendo a participação da população que lotou o plenário da Câmara para acompanhar a votação da matéria. Crespo ressaltou que a lei é constitucional, uma vez que já está prevista no Orçamento.
Veto rejeitado: Também foi derrubado com doze votos contrários e oito favoráveis, o veto total do prefeito veto ao Projeto de Lei n. 333/2012, de autoria de
Segundo o projeto de Marinho, terão direito ao benefício as categorias: Agente de Trânsito, Agente de Vigilância Sanitária, Guarda Civil Municipal, Fiscal de Abastecimento, Fiscal de Serviço I e II Fiscal de Obra I e II, Auxiliar de Fiscalização e Motorista de Ambulância, além de servidores que prestam atendimento permanente e direto ao público nas unidades de urgência e emergência, assim como na guarda e vigilância dos próprios municipais.
A gratificação será em caráter compensatório, não podendo incidir sobre o valor descontos ou abatimentos quaisquer.
Votação final: Cinco projetos de lei foram aprovados em definitivo e seguem para sanção ou veto do prefeito; três deles com a aprovação dos pareceres da Comissão de Redação. O primeiro parecer aprovado é referente ao projeto, de José Crespo (DEM), que regulariza a criação e a venda no varejo de cães e gatos, assim como as doações em eventos de adoção desses animais.
O segundo parecer ao projeto de autoria do
Na pauta em segunda discussão, também segue para sanção, projeto de autoria do
Da mesma forma foi aprovado o projeto de lei do vereador José Crespo (DEM) que obriga a Prefeitura a inserir, publicar e divulgar, por meio do Portal da Transparência Pública, em seu site oficial, todos os pedidos de licenças ou alvarás de funcionamento.
A medida deverá indicar o andamento processual, nome das autoridades e funcionários responsáveis pelo andamento, verificação, aprovação e expedição, incluindo o Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. A publicação deverá ocorrer no prazo de 48 horas contados da movimentação processual, com fácil acesso.