Para o secretário Armando Raggio, é preciso mudar a forma de contrato com a Santa Casa e os demais hospitais que atendem o município
O secretário de Saúde, Armando Raggio foi o terceiro auxiliar do prefeito
O secretário da Saúde respondeu, inicialmente, as perguntas dos vereadores Marinho Marte (PPS),
Armando Raggio enfatizou que é preciso retirar a pressão indevida sobre a Santa Casa, reforçando a atenção primária de saúde, de tal maneira que os casos mais simples sejam resolvidos, de imediato, nas unidades básicas de saúde. E defendeu a “contratualização”, uma nova forma de contrato com a Santa Casa, que poderá ser estendida aos demais hospitais que prestam serviço de atendimento médico à rede de saúde do município. Ainda respondendo às indagações de Marinho Marte, também informou que a Prefeitura deverá firmar um novo contrato mais abrangente para garantir a segurança das unidades de saúde. E disse, ainda, que os mutirões de atendimento para casos de emergência, como propôs Marinho Marte, também é “perfeitamente possível”.
Integração no sistema – Carlos Leite (PT) indagou sobre a integração do pronto-atendimento das unidades básicas. O secretário reconheceu que há uma distorção no atendimento, com muita gente que poderia ser atendida nas unidades básicas sendo atendidas no pronto-atendimento. Já o vereador Fernando Dini (PMDB) questionou o secretário sobre intervenção na Santa Casa. Raggio observou que a intervenção é uma possibilidade legal, mas que a secretaria procura esgotar todas as negociações possíveis com a Santa Casa e que foi formada uma comissão paritária para tratar do assunto. A meta, reiterou, é mudar a forma de contrato com a Santa Casa, permitindo o pagamento também por serviço prestado mediante a devida comprovação. Ainda respondendo ao vereador Fernando Dini, o secretario reconheceu a necessidade de descentralizar o atendimento e melhorar a informatização do sistema.
Segundo o secretário, Sorocaba conta, hoje, com 394 leitos sob gestão do município, número insuficiente, segundo ele, já que o município conta com 0,6 leitos por mil habitantes. O número de médicos, segundo o secretário, também é insuficiente e foi aberto concurso para contratar mais 100 médicos. Outra carência é a falta de um centro de radiodiagnóstico, lembrada pelo
Visita a Uberlândia –
Irineu Toledo (PRB) quis saber como é possível contratar 100 médicos agora se em oito anos a Prefeitura não conseguiu fazer isso. E a exemplo de
Segundo o secretário, os médicos se queixam da hora-médica em Sorocaba, no valor de R$ 39 reais. Mas observa que esse valor é inicial e que os médicos com tempo de casa ganham melhor e não querem perder a vinculação previdenciária com o município. “A folha da saúde é de 15 milhões ao mês, com 3 mil servidores, o que dá uma média salarial de R$ 5 mil. Acontece que o profissional graduado, de nível superior, tem outras oportunidades no mercado, mas, quando ele se aposenta, quem arca com os custos é o município. Mesmo assim somos sensíveis às queixas salariais dos médicos e estamos procurando formas de tornar a remuneração mais atraente”, disse, acrescentando que, dessa forma, acredita ser possível contratar 100 novos médicos.
Adesão dos profissionais – Izídio de Brito (PT) quis saber se o secretário está encontrando resistência de profissionais que trabalharam na gestão passada, diante das propostas de mudanças da atual gestão de saúde. O secretário disse que os profissionais estão na expectativa, pois há diferentes tipos de jornadas de trabalho na saúde da Prefeitura, que variam de
O valor Luis Santos (PMN) cobrou melhorias radicais no setor de saúde e, entre outras questões, cobrou soluções para o problema da hemodiálise e da saúde mental no município. Esse tema também foi abordado pelo vereador Rodrigo Manga (PP), que tratou especificamente da questão dos dependentes químicos, que, segundo ele, necessitam de uma estrutura de atendimento no município, no caso o CAPS III (Centros de Atenção Psicossocial). O secretário disse que o CAPS será implantado, mas disse não poder precisar a data de quando será implantado.
Problema nacional - O
O vereador Waldecir Morelly (PRP) também fez uso da palavra e disse que as unidades básicas de saúde, mesmo ficando abertos até as 20 horas, só marcam consulta até as 18 horas. O secretário disse que existe a proposta de ter pelo menos uma unidade vigilante (abertas todos os dias ou fechadas num só dia da semana) em cada microrregião da cidade. O secretário elogiou a atuação do vereador Morelly pela sua atuação no combate à dengue, como presidente da comissão da Casa que trata do assunto. O vereador Saulo do Afro Arts (PRP) também fez uso da palavra e disse que a saúde sorocabana está na UTI e também cobrou humanização no atendimento de saúde. O vereador cobrou uma fiscalização interna nas unidades de saúde para evitar maus tratos ou negligência por parte de alguns profissionais de saúde.