Antes da nova sessão extraordinária, convocada pelo presidente da Casa, José
O projeto de lei que reajusta o repasse de verbas à Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba foi objeto de intenso debate em plenário na 19ª sessão extraordinária do ano, realizada nesta quinta-feira, 25, logo após a sessão ordinária da Câmara Municipal. Como recebeu duas emendas, de autoria dos vereadores Izídio de Brito (PT) e José Crespo (DEM), e elas não tiveram parecer da Comissão de Justiça, o projeto de lei, de autoria do Executivo, não chegou a ser votado. O projeto será votado em novas sessões extraordinárias, na tarde da próxima segunda-feira, 29, às 15 horas, por convocação do presidente da Casa, José
O Projeto de Lei 108/2013, de autoria do Executivo, acresce dispositivos à Lei 9.778, de 1º de novembro de 2011, que autorizou a transferência de R$ 1.159.924,82 para a Santa Casa, mensalmente, para manutenção dos serviços médico-hospitalares de urgência e emergência no Pronto-Socorro Municipal, bem como a manutenção de 75 leitos clínicos, dos quais 27 são leitos de observação semi-intensiva no Pronto-Socorro e 48 são leitos de retaguarda para o Pronto-Socorro e serviços ambulatoriais na área de ortopedia e traumatologia prestados para usuários do SUS.
O projeto de lei estabelece em R$ 1.306.390,21 o novo valor mensal pré-fixado (retroativo a janeiro deste ano) a ser repassado mensalmente à Santa Casa, acrescido de R$ 505 mil, pós-fixado, também mensalmente e retroativo a janeiro, o que dá um repasse mensal de R$ 1.811.390,21, totalizando R$
Descentralização da saúde – O vereador Izídio de Brito (PT) foi o primeiro a fazer uso da palavra e pediu a retirada de pauta do projeto para que antes ele pudesse ser discutido em audiência pública, com a participação da direção da Santa Casa, do secretário de Saúde e do Conselho Municipal de Saúde, entre outras autoridades. O vereador defendeu a descentralização da urgência e emergência na cidade, pois, segundo ele, há vagas ociosas na rede hospitalar, mas como a Santa Casa se encarrega sozinha do Pronto-Socorro, ela acaba se valendo disso para impor reajustes no convênio com a Prefeitura.
O vereador Cláudio Sorocaba I (PR) também se posicionou contrário à votação do projeto antes de uma ampla discussão em audiência pública, com a presença da direção da Santa Casa. “Não estamos aqui apenas para carimbar projeto. Que a direção da Santa Casa venha à Câmara explicar para onde está indo esse rio de dinheiro que é passado para o hospital”, afirmou Cláudio Sorocaba I. Já o vereador Pastor Apolo (PSB) lembrou que a Comissão de Saúde, da qual faz parte, juntamente com Izídio de Brito (presidente) e Fernando Dini (membro), entregou ao Ministério Público um relatório sobre as reclamações quanto ao atendimento na Santa Casa e ouviu do promotor que também ele recebe esse tipo de queixa.
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Melhoria salarial – O presidente da Casa,
O vereador José Crespo (DEM) defendeu sua emenda ao projeto, que prevê fiscalização presencial dos serviços da Santa Casa e também que as contas da instituição sejam abertas ao escrutínio dos vereadores. Segundo ele, a primeira proposta teve a concordância da administração anterior, que, no entanto, na hora de firmar o convênio com a Santa Casa, retirou essa exigência da fiscalização presencial. Crespo também anunciou da tribuna que protocolou no Ministério Público Estadual em São Paulo, junto ao procurador de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, um relato das denúncias sobre irregularidades na Santa Casa que lhe foram feitas pelos senhores Otto Wey Netto, Pascoal Martinez Munhoz e Belarmino Moraes Arruda.
Diante do impasse entre votar o projeto de imediato, como queria o líder do governo, Paulo Mendes, e postergar a votação para depois de uma audiência pública a ser marcada, como queria Izídio de Brito, chegou-se a um consenso por meio de uma proposta do
A oitiva do secretário de Habitação e Urbanismo, Hélio Godoy, prevista para ser realizada em outra sessão extraordinária, na tarde desta quinta-feira, 25, foi adiada para outra data a ser marcada.