18/11/2013 16h22
 

A Câmara Municipal de Sorocaba, através da Comissão de Ciência e Tecnologia, presidida pelo vereador Fernando Dini (PMDB), realizou na manhã desta segunda-feira (18), a primeira audiência pública sobre o Parque Tecnológico de Sorocaba. Estiveram presentes o presidente do PTS, o ex-prefeito Vitor Lippi; o presidente executivo da Inova (agência de Inovação de Sorocaba), Agliberto Chagas; o presidente do Conselho Administrativo da Inova, Erly Syllos; e representantes de empresas e universidades que já estão instalados no PTS ou mantêm contato para a instalação.

 

 Fernando Dini lembrou que o motivo da audiência é para que todos possam conhecer melhor a estrutura do PTS e como é seu funcionamento. “Existiam dúvidas sobre o que o parque absorve e de que forma ele pode render à economia e ao bem do sorocabano”, diz.

 

 O presidente do Parque Tecnológico, Vitor Lippi, iniciou a audiência explicando a estrutura e o funcionamento conceitual do complexo. Destacou a importância e a diretriz que as empresas precisam tomar para o futuro e a necessidade do município em estar atualizado tecnologicamente para não correr riscos de perder antigos e novos investidores. “Até dezembro teremos 80 empregados no complexo, sendo que a previsão, até maio de 2014 é de que esse número de vagas chegue a 100. A média salarial hoje é de R$ 6 mil”, explica. 

 

Lippi detalhou todos os gastos do Parque Tecnológico, que chegaria a mais de R$ 535 mil. “Ainda temos os itens de ‘diversos’, onde consome quase R$ 30 mil mensal e gerava dúvidas da comissão. Esse valor é para pagar despesas como telefone fixo, móvel, combustível, transporte, cursos, impressos gráficos e viagens”, diz. 

O presidente do PTS ainda ressaltou a importância da Inova, uma Organização Social sem fins lucrativos que faz a gerência do parque. “A agência Inova foi criada em 2009 e fazia a gestão junto da Intes. O prefeito Antônio Carlos Pannunzio achou por bem optar por uma dessas empresas, passando a vigorar apenas a Inova.” 

 

Lippi diz que ainda está buscando um apoio federal, no valor de R$ 10 milhões para a construção de prédios anexos, trazendo a possibilidade da expansão do complexo e atração de novos investidores. “Hoje não há como se pensar no futuro sem inovação. O Parque Tecnológico é fundamental para o crescimento sustentável de Sorocaba” explica. 

 

O presidente executivo da Inova (agência de Inovação de Sorocaba), Agliberto Chagas, que já participou da administração do Parque Tecnológico de São José dos Campos, explicou o que seria a missão da agência. “Complementar a empresa pública do PTS. Fomentar ações e programas e incentivos às empresas e PTS. Desenvolvimento e Inovação regional. Hoje no Brasil são mais de 70 Parques Tecnológicos.” 

 

Ele afirmou ainda que a empresa só começou a funcionar de verdade a partir do mês de agosto. “As atividades se massificaram agora no segundo semestre. Inauguramos nosso site (www.inovasorocaba.org.br) para que a distância entre Inova, PTS e sorocabano seja estreitada.

 

Ele ainda citou a criação do “Poupatempo da Inovação”. “Hoje, as empresas precisam se desenvolver tecnologicamente com excelência em tempo. Não há tempo a se perder”, diz. 

 

A Inova recebe hoje aproximadamente R$ 250 mil para fazer a administração do PTS. “Quero que todas as contas da Inova sejam auditadas anualmente para que se mantenha a transparência de nosso trabalho”, afirma Agliberto. 

 

O presidente do Conselho da Inova, Erly Syllos, afirmou que se Sorocaba não tiver um Parque Tecnológico em pleno funcionamento, as gerações futuras terão problemas. 

A deputada federal Iara Bernardi (PT), que também faz parte do Conselho de Tecnologia da Câmara Federal, ressaltou para que a gestão em tecnologia seja feita para serviços públicos. “Temos que ter desenvolvimento para toda a região, não só para Sorocaba. Temos de investir ao entorno. Que as outras cidades também se desenvolvam, recebam empresas e recebam inovação tecnológica e que sejam aplicados”, diz. 

 

O diretor do campus de Sorocaba da Ufscar (Universidade Federal de São Francisco), Isaías Torres, afirmou que, sem inovação tecnológica, as cidades ficam reféns de empresas, que hoje têm facilidade em se instalar e deixar os municípios. “Temos que garantir nova forma de investimento. Novos produtos e tecnologias para que a indústria fique na cidade. O papel fundamental do PTS é o desenvolvimento da qualidade de vida do brasileiro. Mais do que celular de ponta para garantir emprego, temos que inovar e gerar tecnologia para melhorar a rede de esgoto, por exemplo e otimizar outras prestações de serviços.” 

 

O vereador Fernando Dini, presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, perguntou sobre o repasse de R$ 250 mil para a Inova e o capital integralizado de R$ 3 milhões já usados em 2013 pela administração do Parque. “Quando o PTS será auto-suficiente?” 

 

Agliberto, presidente da Inova, afirmou que tem um contrato de cinco meses, recebendo R$ 250 mil mensais. Desse total, 41% são com gastos de pessoal. O salário do presidente da Inova, por exemplo, é de R$ 13.967,08. 

 

Já o presidente do Parque Tecnológico, Vitor Lippi, afirma que o repasse de R$ 500 mil deve diminuir gradativamente. Sobre a integralização, Lippi afirmou que, quando prefeito, destinou R$ 3 milhões para uso do PTS. O dinheiro foi utilizado para custos, ao invés de investimento. “Mas a prefeitura fará esse ressarcimento de R$ 3 milhões para o Parque Tecnológico”, afirma.

 

Para o vereador Fernando Dini, a audiência foi de grande valia, mas ainda há questões a serem respondidas, como por exemplo, o porquê do repasse de R$ 500 mil não ter mais necessidades de passar pela aprovação da Câmara Municipal.

 

Assessoria de Imprensa do vereador Fernando Dini (PMDB)