27/02/2014 18h29

Presidida pelo vereador José Crespo (DEM), a rodada de oitivas tratou de diversas questões operacionais da coleta de lixo em Sorocaba

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os problemas na coleta e destinação final do lixo em Sorocaba realizou mais uma rodada de oitivas no tarde desta quinta-feira, 27, na Câmara Municipal de Sorocaba, logo após as sessões extraordinárias. Presidida pelo vereador José Crespo (DEM) e tendo como relator o vereador Carlos Leite (PT), a CPI ouviu o secretário municipal de Serviços Públicos, Clebson Ribeiro, e o diretor operacional do Consórcio Sorocaba Ambiental, Hélcio Francisco Bonet. Os trabalhos tiveram início logo depois das 14 horas e se encerraram às 18h20. A CPI havia convocado o diretor do Consórcio Sorocaba Ambiental (CSA), Marcos Fernandes Vieira, mas, devido à internação de seu filho, compareceu em seu lugar o diretor operacional da CSA.

 

Após a exibição de videos sobre a vistoria feita pelos membros da CPI na empresa CSA, o primeiro a fazer indagações aos depoentes foi o vereador Francisco França (PT), que alertou para a possibilidade de greve dos funcionários do Conselho Sorocaba Ambiental. Segundo o vereador, o sindicato da categoria deu prazo à empresa até o sábado, 1º, para que seja garantido o plano de saúde dos funcionários. O representante da empresa disse não ter detalhes sobre o caso, mas informou que o diretor responsável do consórcio está negociando com os sindicatos de trabalhadores.

 

Já o vereador Izídio de Brito (PT), entre outras indagações,  questionou o valor pago pela Prefeitura pelos contêineres do Consórcio Sorocaba Ambiental que passou de 4 centavos o litro para 27 centavos o litro. Corroborando o questionamento do parlamentar petista, o vereador José Crespo lembrou que esses valores são relativos à locação e não à compra dos contêineres. Crespo observou que Sorocaba está alugando os contêineres por 25% do seu valor, o que, no seu entender, é um “valor absurdo” para um contrato de aluguel. “Como o contrato dura quatro meses, a empresa ganha, na prática, contêineres novos pagos pela Prefeitura”, afirmou.

 

O presidente da CPI também fez dezenas de indagações técnicas sobre a operação do Consórcio Sorocaba Ambiental. O vereador José Crespo questionou o diretor da empresa sobre a manutenção dos caminhões; o derramamento nas ruas do líquido decorrente da prensagem do lixo durante o transporte; a limpeza dos veículos e contêineres, entre outras questões. Hélcio Bonet, representando a empresa, afirmou que é feita, diariamente, a manutenção e limpeza dos veículos.

 

Já o relator da CPI, vereador Carlos Leite, entre outros questionamentos, fez indagações sobre os salários dos funcionários da empresa; a rotatividade dos funcionários; a possível deterioração dos equipamentos utilizados pelos funcionários sem que fossem repostos; o número de acidentes envolvendo veículos das empresas; e a qualidade dos contêineres.

 

Além de José Crespo (DEM), presidente, e Carlos Leite (PT), relator, integram a CPI do Lixo os vereadores Izídio de Brito (PT), Francisco França (PT), Marinho Marte (PPS), Irineu Toledo (PRB) e Antonio Carlos Silvano (SDD).