Provocado por Marinho Marte (PPS), o Ministério Público instaurou procedimento preparatório de inquérito civil para apurar o uso do veneno “mata-mato” em Sorocaba
O Ministério Público instaurou um Procedimento Preparatório de Inquérito Civil, na área de meio ambiente, com o objetivo de apurar a recente alteração na Lei 6.342/2000 que permitiu a realização de “capina química” em calçadas e passeios públicos com o uso do veneno “mata-mato”. A informação é do promotor de justiça Jorge Alberto de Oliveira Marum em ofício encaminhado ao
O promotor Jorge Marum requisitou informações da Prefeitura “especialmente sobre a promulgação da lei, os fundamentos técnicos que embasaram o projeto e eventuais cautelas que deverão ser tomadas caso a capina química seja realizada”. Essa medida foi recebida com satisfação pelo
O projeto de lei que traz de volta a “capina química” em calçadas e passeios de Sorocaba foi aprovado em 25 de março último. A “capina química” é geralmente realizada com o agrotóxico “glifosato Roundup”, conhecido como “mata-mato”, um produto usado no pré-plantio de lavouras como a soja, que surgiu em 1970 e passou a ser produzido no Brasil em 1984. “Esse produto é tóxico e mesmo o seu uso na agricultura tem sido combatido por muitos ambientalistas”, enfatiza Marinho Marte, lembrando que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu nota técnica, em 15 de janeiro de 2010, não recomendando o uso do “mata-mato” em meio urbano.
O vereador salienta que, sem sua nota técnica, a Anvisa deixa claro que o veneno ‘mata-mato’ pode intoxicar crianças e deficientes visuais, além de cães, gatos, cavalos, pássaros e outros animais, tanto pela ingestão de água contaminada como pelo consumo de capim, sementes e alimentos espalhados nas ruas. Em sua representação ao Ministério Público, Marinho Marte apresentou essas argumentações técnicas e também discorreu sobre o que considera uma ilegalidade do projeto de lei do Executivo que possibilitou a volta da ‘capina química’ em Sorocaba. O parlamentar salienta, ainda, que tanto a Secretaria Jurídica da Câmara quanto a Comissão de Justiça da Casa consideraram o projeto de lei ilegal.