Serão ouvidos em 19 de maio o professor Aldo Vannucchi, a deputada federal Iara Bernardi (PT) e o advogado e professor Haroldo Guilherme Vieira Fazano
Após a realização da reunião com componentes da Comissão Municipal da Verdade “Alexandre Vannucchi Leme”, na manhã desta quarta-feira (30), decidiu-se que a primeira oitiva acontecerá no próximo dia 19 de maio, às 9 horas, no plenário da Câmara Municipal de Sorocaba. Além disso, na oportunidade, deliberou-se também a dinâmica da oitiva. Os debates serão feitos nas segundas-feiras, sempre às 9 horas, com três personagens envolvidos diretamente ou indiretamente com o período ditatorial no País, que durou 21 anos (1964-1985).
A primeira oitiva, que acontece em 19 de maio, terá a presença do professor Aldo Vannucchi, da deputada federal Iara Bernardi (PT) e do advogado e professor Haroldo Guilherme Vieira Fazano. A comissão dará sequência às oitivas, no dia 26 de maio, com os depoimentos do advogado e político José Theodoro Mendes, do professor Roberto Gil Camargo e do militante de movimentos sociais Osvaldo Francisco Noce. O último debate foi agendado para o dia 2 de junho, com a presença da professora Virginia Fernandes Santos (filha de Guarino Fernandes), do jornalista Geraldo Bonadio e do ex-ferroviário Francisco Gomes. As próximas oitivas serão divulgadas com o surgimento de mais personagens.
De acordo com o presidente local do PT e da Comissão da Verdade, vereador Izídio de Brito, os nomes que foram relacionados para as oitivas poderão receber alterações, conforme a disponibilidade de cada depoente. Izídio de Brito, durante a reunião, enfatizou a importância de a sociedade civil contribuir para a Comissão da Verdade, com documentos e depoimentos. “Tudo que vem para agregar será válido. Temos que, no final dessa comissão, ter um material com conteúdo para estar nas bibliotecas tanto do município e região quanto do País”, afirma o parlamentar.
Todos os depoimentos serão gravados e, posteriormente, arquivados, com o intuito de entregar o material final para a Comissão Nacional da Verdade e, também, para instituições que queiram conhecer a história da região no período do regime militar.
Sobre a criação da Comissão da Verdade
A ideia de se criar a Comissão Municipal da Verdade surgiu em virtude da passagem do psicanalista e professor de filosofia Daniel Lopes pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, oportunidade em que ele pôde conhecer os acontecimentos daquele período, bem como a importância do resgate histórico de um período sufocado e a defesa dos direitos humanos.
Com isso, Lopes levou esta discussão à população sorocabana, municiado de um documento com uma série de elementos embasados para que fosse implantado essa comissão na Câmara de Sorocaba. Na primeira reunião, com pessoas ligadas a movimentos sociais, o documento recebeu alterações pontuais e, posteriormente, foi entregue ao presidente da Casa de Leis, vereador Gervino Gonçalves, o Cláudio do Sorocaba 1 (PR).
Nisso, a comissão foi aprovada e conta como presidente Izídio de Brito (PT), relator
(Assessoria de Imprensa – Vereador Izídio de Brito/PT)