12/05/2014 16h42

O vice-presidente do Interior e diretor da Regional Sorocaba do Secovi-SP, Flávio Amary, sugeriu mudanças no projeto de revisão do Plano Diretor

 

Com o objetivo de debater o projeto de revisão do Plano Diretor com a sociedade, a Câmara Municipal ouviu, na manhã desta segunda-feira, 12, o representante do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi), Flávio Amary, que fez uma apresentação dos artigos que julga merecedores de revisão por parte dos vereadores. Um dos temas abordados foi o parcelamento do solo. O presidente da Casa, vereador Cláudio do Sorocaba I (PR), participou da reunião.

 

Amary afirmou que o Secovi é contra o aumento do tamanho dos lotes, presente no projeto, tanto na periferia, quanto na área central. Em sua opinião, a metragem atual, que vai de 105m² a 250m² está “funcionando bem e deveria ser mantida”. Outro motivo de insatisfação do Sindicato da Habitação é o dispositivo do projeto que limita a altura dos edifícios na região periférica da cidade em até seis andares, o que, na opinião do setor imobiliário, irá afugentar investidores e incentivar trabalhadores a se instalar em cidades vizinhas.

 

O vereador Carlos Leite (PT) argumentou que no Parque Três Meninos, na Zona Leste, a construção de três torres de edifício descaracterizam o bairro, provocando reclamação dos moradores mais antigos, pela falta de privacidade. Para Saulo do Afro Art’s (PRP), alguns bairros não comportam grandes construções verticalizadas por conta da pouca infra-estrutura e da mobilidade urbana.

 

Marinho Marte também se pronunciou e pediu a Flávio Amary que protocole as observações e sugestões sobre o projeto que tramita na Casa de Leis. “O que fizermos hoje irá se refletir nos próximos 10 ou 15 anos. O tempo é implacável e irá nos cobrar. O fato do prefeito nos enviar um Plano Diretor não quer dizer que é isso o que queremos para o nosso futuro”, alertou.

 

Anselmo Neto (PP) citou a cidade Bento Gonçalves, no Rio grande do Sul, que, apesar de praticamente verticalizada, consegue-se manter uma mobilidade satisfatória. “Sabemos que toda mudança deve ser planejada para que não haja prejuízo no futuro”, afirmou o vereador.

 

Depois do debate sobre os temas apresentados pelo Secovi, o presidente da Câmara agradeceu ao setor pela contribuição com os estudos que a Casa de Leis está realizando antes da votação do novo Plano Diretor do Município e garantiu total transparência no processo, com a realização de reuniões e audiências públicas.

 

Também participaram da reunião os vereadores Fernando Dini (PMDB), Muri de Brigadeiro (PRP), Pastor Apolo (PSB), Rodrigo Manga (PP), Jessé Loures (PV), Neusa Maldonado (PSDB), Izídio de Brito (PT), Irineu Toledo (PRB), Valdecir Morelly (PRP) e José Crespo (DEM).