20/05/2014 10h05
 

A Comissão de Dependentes Químicos da Câmara de Sorocaba, presidida pelo vereador Rodrigo Manga (PP), se reuniu na manha desta segunda-feira (19) com representantes da Secretaria de Desenvolvimento Social e entidades que fazem o acolhimento de dependentes químicos. A grande novidade conseguida na reunião é a agilização da internação.

 

O vereador Manga abriu a reunião contando que uma mulher que foi liberada pelo CAPS (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas) AD III acabou se suicidando, mostrando a necessidade do acolhimento urgente. Segundo Manga, o atendimento do CAPS AD III não tem funcionado a contento. Mas Manga deixou claro que o período de tratamento tem que ser estabelecido “não pode ficar dez anos em tratamento”. O vereador quer que seja realizada audiência pública com as entidades antes que seja renovado o convênio com a Prefeitura.

 

Vanderlei da Silva, do SOS (Serviço de Obras Sociais), que também representou o Conselho Municipal de Assistência Social e o Comitê Pop Rua, afirmou que o SOS atende 33 pessoas por dia no convênio com a Prefeitura e que antes eram 40 vagas. Conforme Silva, o controle na entidade é rigoroso e antes a média diária era de 52 pessoas, hoje está em 63, sendo que a capacidade de atendimento é de 60 pessoas.

 

Segundo o diretor do Grasa (Grupo de Apoio Santo Antonio), Carlos Roberto Furlan, a entidade não acolhe quem não tem documentação. Hoje são 59 vagas, mas a capacidade da entidade é de 120 vagas. As representantes da Secretaria de Desenvolvimento Social, destacaram que existe também o sistema de República, no qual a pessoal tem um pós tratamento de seis meses. Foram fechados convênios neste sentido com as entidades Lua Nova e Momumes.

 

Para Manga, no papel o atendimento está muito bonito para o dependente químico, mas na prática, normalmente a família chama o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), espera de três a quatro horas e, ao final, a pessoa desisti do tratamento ou entra em surto. O vereador lamentou a secretária de Desenvolvimento Social, Edith Di Giorgi, não ter comparecido à reunião.

 

O vereador Luis Santos (Pros) defendeu que a triagem fosse realizada somente pelo CAPS AD III. Manga considerou que isso seria muito burocrático e sugeriu a internação com mais rapidez. Já o vereador Jessé Loures (PV) colocou que a internação, caso a pessoa procure a entidade até as 13 horas, a internação seja no mesmo dia e se for feita após esse horário, no dia seguinte.

 

Rapidez no atendimento - O diretor do Grasa se comprometeu, afirmando que a internação pode ocorrer no mesmo dia, caso a pessoa procure a entidade até as 12 horas. A secretaria de Desenvolvimento Social aceitou a proposta e irá repassar essa posição para as outras entidades que fazem atendimento. O teste será realizado por 30 dias.

 

Já em relação ao programa “De Braços Abertos”, Manga recebeu a informação que a Secretaria de Desenvolvimento Social está estudando a sua implantação em Sorocaba. O vereador voltou a ressaltar que na cidade, o programa deve colocar como condição para participar do programa que oferece emprego aos dependentes químicos, que eles aceitem tratamento.

 

Participaram da reunião os vereadores Rodrigo Manga (PP), Luis Santos (Pros) e Jessé Loures (PV); Carlos Roberto Furlan, do Grasa; Elaine Cristina Nochelle, coordenadora de Política sobre Drogas da Secretaria de Desenvolvimento Social; Ana Lúcia de Paula, chefe de divisão de Convênios da Secretaria de Desenvolvimento Social; Vanderlei da Silva do SOS, Conselho Municipal de Assistência Social e Comitê Pop Rua; Liliana Jesus, representando o vereador José Crespo; Rodrigo Onofre, representando o vereador Saulo do Afro Art’s; Dinho Cuervo, representando o vereador Apolo; e Pedro Bisso Júnior.

 

 (Assessoria de Imprensa – Vereador Rodrigo Manga – PP)