Serão ouvidos, na oportunidade, o professor Aldo Vannucchi, o ex-ferroviário Chico Gomes e o professor Miguel Trujillo
A primeira oitiva da Comissão Municipal da Verdade “Alexandre Vannucchi Leme” será realizada nesta segunda-feira (26), às 9 horas, na Câmara Municipal de Sorocaba. Na ocasião, haverá a presença de três personagens que irão contar histórias de violações de direitos humanos durante o regime militar (
Para os primeiros relatos, a comissão chamou o professor Aldo Vannucchi, tio de Alexandre Vannucchi Leme, que participava da Ação Libertadora Nacional (ALN), que reunia católicos e não católicos e, também, marxistas e não marxistas; Francisco Gomes, o Chico Gomes, ex-ferroviário sorocabano e militante da ALN; e do professor de história Miguel Trujillo, que foi preso político.
Os primeiros depoimentos deveriam ter ocorrido na última segunda-feira (19), porém, com a realização do debate a respeito do orçamento estadual para o exercício
De acordo com o presidente do PT local e da Comissão da Verdade, vereador Izídio de Brito, as oitivas serão realizadas sempre às segundas-feiras, a partir das 9 horas, na Casa de Leis. Ainda segundo o parlamentar, os debates terão a presença de três personagens envolvidos diretamente ou indiretamente com o período ditatorial no País.
Todos os depoimentos serão gravados e, posteriormente, arquivados, com o objetivo de entregar o material final para a Comissão Nacional da Verdade e, também, para instituições que queiram conhecer a história da região durante o período do regime militar.
Izídio de Brito pede a contribuição da sociedade civil para a Comissão da Verdade, com documentos e depoimentos: “Tudo que vem para agregar será válido. Temos que, no final dessa comissão, ter um material com conteúdo para estar nas bibliotecas tanto do município e região quanto do País.”
Sobre a criação da Comissão da Verdade
A ideia de se criar a Comissão Municipal da Verdade surgiu em virtude da passagem do psicanalista e professor de filosofia Daniel Lopes pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça (MJ), oportunidade em que ele pôde conhecer os acontecimentos daquele período, bem como a importância do resgate histórico de um período sufocado e a defesa dos direitos humanos.
Com isso, Lopes levou esta discussão à população sorocabana, municiado de um documento com uma série de elementos embasados para que fosse implantada essa comissão na Câmara de Sorocaba. Na primeira reunião, com pessoas ligadas a movimentos sociais, o documento recebeu alterações pontuais e, posteriormente, foi entregue ao presidente da Casa de Leis, vereador Gervino Gonçalves, o Cláudio do Sorocaba 1 (PR).
Nisso, a comissão foi aprovada e conta como presidente Izídio de Brito (PT), relator
(Assessoria de Imprensa – Vereador Izídio de Brito/PT)