Em requerimento ao Executivo, Jessé Loures (PV) sustenta que é preciso reduzir com urgência a população de pombos na cidade
A proliferação de pombos em Sorocaba, especialmente nas regiões centrais da cidade, preocupa o vereador Jessé Loures (PV), devido aos riscos de transmissão de doenças que essas aves acarretam, desde rinites ou crises de bronquite até meningites subagudas ou crônicas. “Com o objetivo de reduzir esses riscos, estou solicitando ao Executivo, via requerimento, uma política de manejo dos pombos, que infestam diversas praças da cidade, como a Praça Fernando Prestes, conforme mostrou recentemente o jornal Cruzeiro do Sul”, frisa o parlamentar.
“É importante frisar que os pombos, assim como as demais espécies da fauna, estão protegidos por lei federal e não devem ser mortos ou maltratados. Por isso, é necessário que se faça o manejo científico dessas aves, com o objetivo de reduzir sua população na cidade, sem que elas sofram qualquer tipo de maltrato”, defende Jessé Loures, referindo-se à Lei Federal 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que define os crimes contra o meio ambiente, inclusive contra a fauna.
“Para que esse manejo seja possível, é imprescindível o envolvimento da própria comunidade, por meio de campanhas de conscientização mostrando que não se deve alimentar os pombos”, explica Jessé Loures. O vereador lembra que também é importante criar obstáculos nos locais onde os pombos costumam fazer seus ninhos, por meio da colocação de objetos pontiagudos, por exemplo. “Essas medidas podem levar essas aves a migrar, reduzindo sua população na cidade”, acrescenta.
Estudo da USP – Citando um estudo da USP (Universidade de São Paulo) sobre o assunto, Jessé Loures observa, no requerimento aprovado na Casa, que os pombos domésticos vivem de 3 a 5 anos na cidade (na natureza vivem de 15 a 30 anos) e formam casais por toda a vida, com cinco ou seis ninhadas por ano, cada uma com dois filhotes, o que significa de 10 a 12 filhotes anuais por casal. “Esse estudo mostra que uma colônia de pombos não controlada pode duplicar de tamanho a cada ano, o que aumenta ainda mais o risco de transmissão de doenças”, afirma o vereador.
Jessé Loures observa que, além dos danos ambientais e do risco de transmissão de doenças, os pombos causam danos materiais ao patrimônio público e privado, pois suas fezes, devido à acidez, danificam pinturas, superfícies metálicas, fachadas e monumentos, além de provocarem o entupimento de calhas. “Se pensarmos que cada pombo produz cerca de 2,5 quilos de fezes por ano, dá para se ter uma ideia do estrago que milhares de pombos provocam na paisagem urbana de Sorocaba”, avalia o líder do Partido Verde na Câmara, que defende urgência na adoção de um programa de manejo dos pombos.