Limitação de prédios em sete pavimentos nas zonas 1 e 2 é a principal reclamação apresentada na reunião presidida pelo vereador José Crespo (DEM).
Com a participação de entidades de classe, a Câmara Municipal de Sorocaba realizou na manhã desta sexta-feira (13), a terceira audiência pública para debater o Projeto de Lei 178/14, que faz diversas modificações no texto do Plano Diretor. O tema mais debatido na audiência pública foi a limitação dos prédios em sete pavimentos nas zonas 1 e 2. Áreas de Proteção Ambiental (APPs), e planos acessórios como o de Mobilidade Urbano e de Saneamento foram outros temas muito citados.
A audiência foi conduzida pelo vereador José Crespo (DEM), presidente da Comissão do Plano Diretor, com participação do relator,
Participaram do encontro no Plenário do Legislativo, representantes do Secovi (Sindicato da Habitação), Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil), Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sorocaba e também os ex-vereadores
As audiências prosseguirão no Plenário da Câmara Municipal, às 9h30, em 18 de junho, com representantes de entidades ambientalistas, rurais e universidades e 25 de junho, com representantes de associações de moradores e sindicatos. Para o presidente da Comissão Especial do Plano Diretor, vereador José Crespo (DEM), após a fase de audiências, os vereadores terão subsídios suficientes para elaborarem e protocolarem as suas emendas.
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Manifestações: Flavio Amary, do Secovi, falou sobre a importância do Plano Diretor e pontuou uma série de problemas encontrados no projeto que em sua análise é bom, mas elitista e incoerente
O segundo ponto seria o incentivo à favelização com o aumento da metragem mínima dos terrenos nas zonas periféricas, que, segundo Flavio Amary, poderá expulsar os moradores para as cidades da região, ao aumentar o preço dos terrenos, além de incentivar a coabitação de famílias em uma mesma área e até mesmo incentivar a invasão. Para ele é através do aumento da oferta que se traz mais qualidade de vida à população, pois o mercado regula o valor e o acesso. Por fim, falou sobre as metragens de distanciamento dos rios, principalmente o Rio Sorocaba e o Rio Pirajibu, que em sua análise não segue um critério objetivo.
Em seguida, o diretor do Sinduscon, Elias Stefan Junior, falou sobre a análise feita pela entidade, sendo a limitação dos andares vista como problema por uma série de motivos: onerar as unidades próximas ao centro; diminuir as áreas permeáveis, a incidência de luz e ventilação nas unidades com a proximidade dos edifícios; impacto na paisagem urbana; redução das áreas de lazer; aumento do custo de produção e dos condomínios. Para o Sinduscon, a limitação dos pavimentos deve nascer do próprio mercado, com contrapartida caso necessário, além de os prédios baixos e todos muito próximos contrariarem o próprio Plano Diretor. Elias Stefan Junior afirmou que a medida representa um retrocesso, pois critérios de análise já são vigentes e rigorosos e o setor está atendendo essas regras.
O Sinduscon acredita que não é o momento mais oportuno para aumentar o tamanho mínimo de lotes, pois o padrão de
Já o Coronel Carneiro,
Para o Creci a limitação de altura acarreta nos custos e a questão das APPs inviabilizaria muitos empreendimentos, inclusive em áreas que já possuem infraestrutura, aumentando o vazio urbano dentro do próprio município, sendo que já há tecnologia para compensação ambiental. Munícipes também participaram da audiência apresentando suas preocupações e impressões sobre o Plano Diretor e o crescimento da cidade.