24/06/2014 16h41
 

A CPI do Saae, presidida pelo vereador Carlos Leite (PT), fará uma diligência à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Aparecidinha nesta quarta-feira (25), às 14 horas. Os parlamentares buscarão informações sobre o estado de conservação das obras, que estão paradas há meses, desde que foram abandonadas pela empresa ECL Engenharia e Construções.

 

A decisão de realizar a diligência foi confirmada na tarde desta terça-feira, após a sessão ordinária, quando os vereadores se reuniram para debater o andamento da CPI e os próximos passos que serão dados, como os novos depoentes e diligências a serem realizadas.

 

Na semana passada, a CPI do Saae se reuniu com membros do pool de empresas que opera no Valo de Oxidação do Éden, quando discutiram o sistema de tratamento de esgoto da Zona Industrial, os valores pagos às empresas ao Saae, o funcionamento do Valo e o destino do esgoto das demais indústrias da região, que não fazem parte do consórcio que tem os efluentes tratados pelo Saae no Valo.

 

Na ocasião, os empresários negaram que o pool deva R$ 35 milhões de reais à autarquia, e alegaram que se trata de uma “conta maluca” feita pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto. Essa discussão está sendo tratada na Justiça, por meio de duas ações judiciais.

 

O Saae teria deixado de arrecadar R$ 35 milhões de reais desde o ano de 2005, quando expirou o contrato de um pool de empresas formado para explorar a ETE Valo de Oxidação do Éden, assinado em 1990 e com validade de 15 anos. O Valo de Oxidação recebe os efluentes industriais de ao menos 9 empresas da Zona Industrial que, segundo o Saae, pagam todas as despesas de manutenção, insumos e energia elétrica, usados nas operações.

 

De acordo com o pool de empresas, em 1990, elas firmaram um contrato com o Saae para equipar a área onde hoje funciona o Valo, com todos os equipamentos necessários ao tratamento do esgoto que elas produziam. Todo o maquinário, os equipamentos, e até mesmo os funcionários do Saae que trabalhariam lá, seriam pagos pelo consórcio, o que teria ocorrido até os dias de hoje.

 

Eles afirmaram que o Saae, em 2010, buscou iniciar um processo para desativação do Valo, prevendo remeter os efluentes industriais para a ETE S2. Diversas reuniões foram feitas a partir de então, até 2012, quando a autarquia propôs reajustar o valor pago pelas empresas do consórcio, por meio de um aditamento ao contrato que, hoje, o Saae alega estar vencido desde 2005.

 

(Assessoria de Imprensa – Vereador Carlos Leite/PT)