A medida decorre de representação do vereador Marinho Marte (PPS) e a promotoria recomendou à Prefeitura que se abstenha de realizar ou permitir a “capina química”
A Promotoria de Justiça do Meio Ambiente em Sorocaba é contrária à chamada “capina química” em calçadas e passeios públicos, com o uso de defensivos agrícolas como o veneno “mata-mato”. É o que informa o promotor de Justiça Jorge Alberto de Oliveira Marum, em ofício enviado ao
Por intermédio de portaria, o promotor Jorge Marum recomendou à Prefeitura de Sorocaba “que se abstenha de realizar ou permitir a realização de ‘capina química’ por meio de defensivos agrícolas e assemelhados até que seja demonstrada a segurança da atividade”. O promotor também remeteu cópia da portaria para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que a agência informe sua posição atual sobre o assunto.
Em 28 de março deste ano, logo após a aprovação da lei que permitiu a volta da “capina química” no município, o
Inquérito civil – “A Prefeitura de Sorocaba não demonstrou ter-se baseado em estudos técnicos atestando a segurança desse tipo de atividade, contrariando, assim, o princípio de precaução que orienta o Direito Ambiental”, afirma Jorge Marum na portaria. Diante disso, o promotor decidiu instaurar inquérito civil para “melhor apurar os fatos e embasar as providências cabíveis na proteção do meio ambiente e da saúde humana e animal”. O promotor, além de recomendar à Prefeitura que se abstenha da “capina química”, também requisita ao Executivo municipal mais documentos para instruir o inquérito civil.
A recomendação da promotoria foi recebida com satisfação pelo vereador Marinho Marte. “Não esperava outra atitude do Ministério Público, que tem uma história de atuação
A prática da “capina química” em calçadas e passeio público voltou a ser permitida em Sorocaba por meio da Lei 10.763, de 27 de março de 2014, de autoria do Executivo. A prática é geralmente realizada com o agrotóxico “glifosato Roundup”, conhecido como “mata-mato”, um produto usado no pré-plantio de lavouras como a soja, que surgiu em 1970 e passou a ser produzido no Brasil em 1984. Marinho Marte observa que “esse produto é tóxico e mesmo o seu uso na agricultura tem sido combatido por muitos ambientalistas”.