Carlos Leite (PT) denuncia má gestão e omissão na modernização do sistema de distribuição, que perde 39% de água tratada na cidade
O vereador Carlos Leite (PT) protocolou,
na tarde desta segunda-feira (28), representação no Ministério Público pedindo
que o órgão investigue a Prefeitura de Sorocaba e o Serviço Autônomo de Água e
Esgoto (Saae) por eventual má gestão e falta de investimentos no aumento da
armazenagem de recursos hídricos; omissão na construção de novas barragens e no
desassoreamento das já existentes; omissão na despoluição de córregos para
captação de água; e omissão na modernização dos sistemas de tratamento e
distribuição.
O parlamentar tomou a medida após o
MP de Itu pedir a abertura de inquérito civil para investigar os problemas
pelos quais aquela cidade vem passando no tocante ao abastecimento de água.
Para o Ministério Público, em Itu não se trata apenas de falta de chuva, mas
também de má gestão. Para Carlos Leite, o mesmo se aplica em Sorocaba.
“Tenhamos, por exemplo, em vista a
escassez de recursos hídricos na Represa do Ferraz, na região do Éden.
Considerando o crescimento daquela região, e de Sorocaba como um todo, o mínimo
que se poderia supor é que a represa tivesse capacidade para abastecer aquela
região apesar da estiagem, ou seja, a Prefeitura tinha que investir no aumento
da capacidade de reserva. Minha equipe, através de mapas, estudou essa
alternativa e constatou que, com poucos recursos, seria possível quase dobrar a
capacidade de armazenamento daquela represa”, exemplifica o vereador Carlos
Leite.
O parlamentar também solicita que o
MP acompanhe o cumprimento, por parte do Saae, do que determina o Código de
Defesa do Consumidor em caso de falta de água e, em caso de descumprimento, que
sejam adotadas as medidas cabíveis, face ao racionamento imposto pela autarquia
aos moradores da região do Éden/ Cajuru/ Aparecidinha.
Por fim, Carlos Leite pede a
investigação sobre eventuais crimes ambientais decorrentes de ações do Saae
para desviar águas de represas particulares para a Represa do Ferraz, atitude
que ele classificou como “desastrada”, uma vez que não só não resultou em
aumento de tempo de fornecimento de água para os consumidores como, em visita
ao local, ele recebeu a informação de técnicos de que praticamente toda a água
desviada havia sido “absorvida” pelo fundo seco da represa.
“Como podemos ver, não faltam
ditames legais para determinar que o Ser Humano tem direito à vida e que a água
é condição essencial para a manutenção deste direito; que o abastecimento de
água é serviço essencial e que o Poder Público é o responsável por fornecer,
por si ou por concessionárias, os serviços adequados, eficientes, seguros e,
quanto aos essenciais, contínuos; que Serviço adequado é o que satisfaz as
condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade; e
que a atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das
instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”,
escreve o parlamentar em sua representação.
Assessoria de Imprensa – Vereador Carlos Leite (PT)