O vereador Carlos Leite (PT) se reuniu na manhã desta quarta-feira, 3, na Câmara Municipal de Sorocaba, com sindicatos, estudantes e professores universitários, líderes comunitários e representantes do Fórum Popular do Plano Diretor, para debater as alterações que tramitam no Legislativo em relação ao atual Plano Diretor de Desenvolvimento Físico e Territorial do município.
Foram tirados vários encaminhamentos da reunião, mas o principal é intensificar a participação da comunidade nos debates sobre a proposta, na busca de engajar a população sorocabana nas discussões promovidas no Legislativo.
Mais de 20 mil panfletos devem ser distribuídos nos próximos dias em ruas, universidades e entidades de classe, convidando os munícipes a participarem da votação do texto na Câmara, o que deve acontecer semana que vem, além de ser intensificada a campanha por meios eletrônicos.
Algumas sugestões de emendas ao texto atual, protocoladas nesta tarde, também foram feitas, embora o grupo acredite que tais emendas não corrigirão todas as distorções que eles apontam na revisão que a Prefeitura está promovendo. Segundo a maioria dos participantes, o texto atual deve ser descartado e um inteiramente novo deve ser criado, a partir das sugestões colhidas nos bairros.
De acordo com os participantes da reunião, o texto do novo Plano Diretor não foi suficientemente debatido com a sociedade, construído conjuntamente, de forma a representar os anseios populares e a vontade de cada bairro, de cada região. Ao contrário, trataria-se de uma proposta imposta, de cima para baixo, da Prefeitura para o povo, e que não refletiria os mais elevados princípios da moderna gestão de cidades.
“Só para se ter uma idéia, a Prefeitura afirma que, em suas quatro Audiências Públicas para debater o Plano, participaram apenas 349 pessoas. Ou seja, 0,06% da população sorocabana puderam dar sua opinião. Para a Administração Municipal esse número é bom. Para a sociedade, não”, garante o vereador Carlos Leite.
O texto traz alterações que o grupo considera inadmissíveis, como a redução da área rural em 18,13%, e a ampliação em 50% da quantidade de moradores na cidade nos próximos anos. “Isso traz consequências: Sorocaba vive uma escassez de recursos hídricos, que deverá ser agravada com esse novo contingente de consumidores, espalhados por toda a cidade”, diz Leite.
Assessoria de imprensa – vereador Carlos Leite (PT)