20/10/2014 08h47

José Crespo (DEM) apresentou 101 emendas, entre elas a que trata do contorno ferroviário de cargas e do metrô de superfície, ambas rejeitadas

 

A votação do Plano Diretor, que adentrou a manhã desta sexta-feira (17), no Plenário da Câmara Municipal de Sorocaba, deixou um ponto de interrogação no desenvolvimento sustentável da cidade. O vereador José Crespo (DEM), autor de 101 emendas, aponta que a rejeição da maioria delas levará o município a sofrer um atraso socioeconômico e urbanístico.

 

Embora tenha argumentado e lutado bastante em contrário, para que houvesse a aprovação das emendas, “infelizmente” Crespo afirma que uma maioria de vereadores “votou contra o interesse público”, em sessão que durou mais de 20 horas de discussões.

 

Para sustentar tal posicionamento, Crespo enumera uma série de erros que, segundo ele, levará a cidade a retroceder. Entre eles, o democrata destaca: Sorocaba continuará tolerando a ocupação humana das várzeas dos rios (emenda 74); acabará com todos os bairros exclusivamente residenciais (emenda 78); continuará tolerando incômodos de vizinhança (emenda 81); permitirá o loteamento das Zonas de Conservação Ambiental (emenda 85), e continuará classificando como corredores comerciais, quaisquer ruas, até de terra (emenda 86).

 

Crespo cita, ainda, problemas estruturais do Plano Diretor, como deixar sem prazos a execução dos planos acessórios (emenda 97); autorizar a aprovação de impactos de vizinhança sem audiência pública (emenda 111); permitir a importação de lixo de outros municípios (emenda 120); ignorar a meta de integração operacional e tarifária no transporte coletivo com Votorantim (emenda 125); rejeitar a política pública de passe social com desconto de 30% (emenda 126); eliminar a Zona de Conservação Ambiental nas margens do córrego Pirajibu (emenda 156); eliminar a Zona de Conservação Ambiental nas margens do córrego Itanguá (emenda 157); acabar com a maior área de chácaras urbanas e incentivar ocupação residencial intensiva (emenda 158), e impedir a transformação das encostas de Inhaíba, numa Zona de Conservação Ambiental (emenda 159).

 

O democrata também argumenta a questão do contorno ferroviário de cargas deixado de lado (emenda 163), o pouco caso à meta de um metrô de superfície norte-sul até Votorantim (emenda 164), e a recusa de incluir o metrô de superfície leste-oeste, no antigo leito da Fepasa (emenda 165).

 

(Assessoria de Imprensa – Vereador José Crespo/DEM)