CPI do Hospital Evangélico realiza inspeção surpresa e encontra leitos desocupados

Vereadores visitam hospital sem aviso prévio e descobrem que a maioria dos leitos SUS está ociosa, apesar de centenas de pessoas na lista de espera

Os vereadores que compõem a CPI do Hospital Evangélico apareceram sem aviso prévio naquele hospital, na tarde desta sexta-feira (19), e descobriram que dos 40 leitos contratados pelo SUS através da Prefeitura Municipal (18 leitos clínicos, 18 cirúrgicos e 4 em UTI), apenas 4 estavam ocupados.

Em paralelo com isso, sabe-se que centenas de pacientes aguardam há meses uma vaga na rede pública hospitalar, sem êxito, sendo que a situação de muitos desses tem se agravado em razão dessa demora, e vários já morreram na lista de espera.

Além do problema constatado, a diretoria do Hospital Evangélico está ameaçando acabar com o convênio SUS e impedir qualquer nova internação a partir de primeiro de janeiro próximo. A CPI está lutando contra a interrupção, tentando manter o hospital aberto à população carente, porém a decisão está sendo protelada pela juíza Ana Maria Baldy, da 2ª vara cível.

O presidente da CPI, Marinho Marte (PPS), e o relator José Crespo (DEM), juntamente com os membros Izídio de Brito (PT), Carlos Leite (PT), Luís Santos (Pros) e Rodrigo Manga (PP) sofreram resistência por parte do hospital, sob ordens do administrador Marcelo Burattini, que tentou impedir e atrasar a entrada da CPI. Mas após uma acalorada discussão, quando perceberam que a lei e o interesse público estavam com os vereadores, os prepostos cederam.

A CPI constatou a ociosidade dos leitos do SUS e agora vai convocar os responsáveis, tanto do Evangélico como da Prefeitura, a comparecer para explicações no início de 2015, em audiência pública na Casa Legislativa.

Contatado por telefone, o secretário Municipal de Saúde, Vagner Guerreiro, desmentiu algumas afirmações que haviam sido dadas aos vereadores durante a inspeção, demonstrando que existem incoerências e provavelmente má fé, na prestação do atendimento público dentro daquele hospital.

(Assessoria de Imprensa – vereador José Crespo – DEM)