O presidente da CPI, Izídio de Brito (PT), juntamente com José Crespo (DEM), entregou também gravações em vídeo de depoimentos que apontam possíveis irregularidades na Santa Casa
Um pacote de documentos da CPI da Saúde relativos à Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba foi entregue na manhã desta sexta-feira, 16, ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) pelo presidente da CPI da Saúde, vereador Izídio de Brito (PT), e o vereador José Crespo (DEM), que integra a comissão e também preside a CPI da Santa Casa, da qual o parlamentar do PT também faz parte. Além de uma cópia da auditoria realizada na Santa Casa, também foram entregues ao promotor-chefe do Gaeco, Cláudio Bonadia, a íntegra, em DVD, dos depoimentos do provedor da instituição, José Antônio Fasiabem, e seus assessores e também os depoimentos de servidores que contestam as afirmações do provedor.
A CPI da Saúde será concluída no dia 27 de fevereiro próximo, quando deverá ser entregue o relatório final dos trabalhos, a cargo do
O vereador José Crespo, por sua vez, explicou que o resultado da auditoria da Santa Casa foi enviado para diversas instituições: a Polícia Civil, a Polícia Federal, o Ministério Público Estadual na área criminal, o Ministério Público Estadual na área civil, a Procuradoria Geral da União, o Tribunal de Contas do Estado, a Agência Nacional de Saúde Complementar e o próprio Gaeco. “Ainda não tivemos retorno dessas instituições, devido ao recesso de final de ano, mas esperamos que elas deem continuidade ao trabalho de investigação já realizado pela CPI da Saúde e que será continuado pela CPI da Santa Casa”, afirma Crespo.
Izídio de Brito avaliou como muito positiva a conversa no Gaeco e ressaltou a disposição do órgão em dar prosseguimento às investigações. Para o vereador, os documentos que foram entregues ao Gaeco podem ajudar nos trabalhos da promotoria pública, agregando dados importantes que podem elucidar o possível desvio de recursos na Santa Casa. Segundo o parlamentar, entre as questões que constam dos referidos documentos e depoimentos consta a existência de um caixa único na Santa Casa, que misturava irregularmente recursos de diversas fontes, desde recursos públicos (da Prefeitura, do Estado e da União), até recursos privados, oriundos do plano de saúde mantido pela instituição, o Santa Casa Saúde.