04/02/2015 17h18

Diligência foi realizada na tarde desta quarta-feira, 4, para apurar causa da morte de criança de um ano

 

O falecimento de Kaike Castelli de Toledo, de um ano e meio, na Unidade Pré-Hospitalar da Zona Leste na madrugada do último domingo, motivou uma visita da Comissão de Saúde da Câmara Municipal à unidade. O presidente da comissão, Izídio de Brito (PT), e os integrantes Fernando Dini (PMDB) e Pastor Apolo (PSB) foram recebidos por Pascoal Martinez Munhoz, diretor do Banco de Olhos de Sorocaba (BOS), entidade que administra a UPH.

 

O diretor explicou que o menino foi levado à UPH no sábado, 31 de janeiro, às 23h45, com dificuldades respiratórias. Munhoz disse que ele foi atendido e medicado normalmente, mas que seu quadro se agravou durante a madrugada, culminando em uma parada cardiorrespiratória que causou seu falecimento às 6h do domingo. O diretor contou também que havia histórico pregresso em relação ao paciente, pois em declaração no atestado de óbito o avô contou que o menino fora levado em ocasiões anteriores ao Centro de Saúde da Vila Angélica, onde a pediatra que o atendeu dizia que o menino estava apenas com o nariz trancado. Munhoz disse ainda que um exame raio-x realizado na UPH apresenta indícios que o leva a crer que o menino tinha problema cardíaco.

 

Os familiares de Kaike ainda desconhecem o motivo de sua morte e, por conta do não funcionamento do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) nos finais de semana, seu corpo só foi liberado para o velório na segunda-feira, dia 2, após as 12h30.

 

Queixas do diretor - Os vereadores visitaram toda a dependência da UPH acompanhados por Pascoal Munhoz. A unidade estava lotada, com muitos pacientes de outras regiões da cidade e de outros municípios, como Votorantim, São Roque, Salto de Pirapora e Mairinque. Esse fato foi motivo de reclamações por parte do diretor. Segundo ele, a UPH Zona Leste está operando em número muito acima de sua capacidade, sendo que deveria ser prioritária à zona leste da cidade. Munhoz também disse que a unidade deveria atender apenas casos de clínica médica e pediatria, mas que acaba tendo de acolher pacientes de outras especialidades. "O maior número de casos que recebemos é de ortopedia, que não deveríamos atender. Esses pacientes precisam voltar a ser atendidos na Santa Casa", argumentou.

 

Pascoal Munhoz pediu apoio aos vereadores quanto a uma possível providência para melhorar o atendimento na UPH: a expansão para área ao lado da unidade, utilizando esse novo espaço apenas para a pediatria. O diretor disse também que os problemas não seriam resolvidos com aumento do subsídio, mas somente por meio do desafogamento do local, diminuindo o número de atendimentos prestados.