06/02/2015 11h37

Anselmo Neto (PP) alerta para o risco que caramujos africanos em terreno baldio oferecem para moradores da Rua João Gabriel Mendes

 

A proliferação de caramujos africanos em um terreno baldio situado no número 472 da Rua João Gabriel Mendes, no Jardim Maria do Carmo, é motivo de preocupação por parte do vereador Anselmo Neto (PP). O parlamentar, por meio de requerimento aprovado na sessão ordinária de quinta-feira, 5, na Câmara Municipal, quer que a Prefeitura tome providências, em face da legislação vigente, para possibilitar a limpeza do local.

 

“Os caramujos africanos são altamente nocivos à saúde humana, pois podem transmitir várias doenças, e basta a simples manipulação dos espécimes vivos para que haja contaminação, o que coloca em risco as famílias que moram na Rua João Gabriel Mendes, especialmente as crianças”, afirma Anselmo Neto, acrescentando que os animais domésticos também são passíveis de contaminação.

 

O vereador constatou que o proprietário do imóvel já foi autuado e multado pela Prefeitura, mas não tomou providências para limpar o terreno e impedir a proliferação dos caramujos, que estão invadindo as casas vizinhas. “O caso já se tornou uma questão de saúde pública, devido ao risco para as famílias que moram nas imediações do terreno, podendo se agravar cada vez mais, se não forem tomadas providências, já que os caramujos se reproduzem”, argumenta o parlamentar.

 

“Instituto do Abandono” – Anselmo Neto quer que a Prefeitura invoque a Lei 10.524/2013, de sua autoria, que regulamenta no município o “instituto do abandono”, previsto no Código Civil, e que possibilita ao poder público municipal encampar e arrecadar imóveis públicos abandonados. “Creio que, em relação a esse terreno, estamos diante de um caso de abandono e queremos saber que outras medidas coercitivas são possíveis em face da lei, já que as multas não estão surtindo efeito”, adianta o vereador.

 

Para comprovar a gravidade do caso, Anselmo Neto cita estudo da Fundação Oswaldo Cruz, divulgado em julho do ano passado, que relata a ocorrência de casos de meningite transmitidos por caramujos africanos. “Os especialistas recomendam que é fundamental evitar o contato dos caramujos com as mãos, para coibir a transmissão de doenças. Mas como conseguir evitar que uma criança acabe pegando um caramujo que invadiu a própria casa onde mora?”, indaga o parlamentar.

 

Em seu requerimento, Anselmo Neto exemplifica dois tipos de doenças transmitidas pelo caramujo africano: a Angiostrongilíase meningoencefálica humana, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante rigidez na nuca, podendo causar cegueira, paralisia e distúrbios do sistema nervoso central; e a Angiostrongilíase abdominal humana, que apresenta dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômitos, podendo causar perfuração intestinal e hemorragia abdominal.