Keyla Funes, representando os professores, apresentou inclusive erros encontrados na prova de matemática do concurso
Professores que prestaram o concurso público para o cargo de professor de educação básica (PEB-1) estiveram na Câmara Municipal de Sorocaba, durante a sessão ordinária desta terça-feira, 10, para denunciar o referido concurso, que está sendo questionado por eles na Justiça. O vereador Luis Santos (Pros), presidente da Comissão de Educação, que tem como membros Anselmo Neto (PP) e Pastor Apolo (PSB), apresentou a reivindicação dos professores.
A professora Keyla Funes, que também é diretora de escola em Votorantim e professora de cursos preparatórios de concursos e vestibulares, ocupou a Tribuna Popular, representando os professores, para questionar a qualidade do concurso realizado pela Prefeitura Municipal, por meio de uma empresa privada de concursos. Segundo ela, repetiram-se os problemas que ocorreram no concurso público realizado na educação em 2011, que está sendo questionado na Justiça, devido à avaliação psicológica dos candidatos considerada inidônea pelo Conselho Federal de Psicologia.
“Infelizmente, todas as ilegalidades que já prevíamos aconteceram neste novo concurso e muitos candidatos não puderam fazer a prova, devido à desorganização”, afirmou Keyla Funes. A professora denunciou que só havia um portão aberto no local de provas e mesmo pessoas que chegaram com antecedência não conseguiram entrar no prédio. Keyla Funes denunciou, ainda, que os candidatos não foram obrigados a desligar aparelhos celulares e consultavam a Internet durante as provas.
Como prova das falhas do concurso, a professora Keyla Funes também apresentou duas questões de matemática, com erros crassos, que constaram da prova do concurso. Numa delas, o enunciado pedia para que o candidato calculasse os juros de uma questão, mas não dizia se eram juros compostos ou simples e, no gabarito, deu como correta a alternativa de juros compostos, conhecimento que não pedido no edital do concurso. Em outra questão de matemática, o ganhador de uma prova era apresentado como o que apresentou um tempo maior na disputa, quando deveria ser o contrário.
Os professores já procuraram o Ministério Público e a Justiça, tendo, inclusive, entrado com um mandado de segurança em dezembro contra a realização do concurso, que, segundo Keyla Funes, só foi distribuído depois da realização das provas. Os candidatos pedem a anulação do concurso, devido às falhas denunciadas em sua realização.