13/03/2015 08h58

A homenagem foi proposta pelo vereador Anselmo Neto (PP) em reconhecimento ao trabalho da entidade em prol do desenvolvimento humano e da criação de valores

 

A Associação Brasil Soka Gakkai Internacional foi homenageada pela Câmara Municipal de Sorocaba em sessão solene realizada na noite de quinta-feira, 12, por iniciativa do vereador Anselmo Neto (PP). Fundada em 1960, a entidade representa no Brasil a sua congênere internacional, a Associação Soka Gakkai Internacional, que tem como objetivo promover o desenvolvimento humano e a cultura da paz por meio da promoção de valores humanísticos. Filiada à ONU desde 1983, a instituição está presente em 192 países e territórios.

 

Além do vereador proponente da homenagem, que presidiu a solenidade, constituíram a mesa de honra da sessão solene as seguintes autoridades: o representante da vice-prefeita de Sorocaba, Edith Di Giorgi, jornalista César Barroso; o responsável pela Subcoordenadoria Raposo Tavares da Brasil Sokka Gakkai Internacional, Koitiro Shoji; e o responsável pela Região Metropolitana da entidade em Sorocaba, Nilton Dayo. Anselmo Neto homenageou o representante da Associação Brasil Soka Gakkai Internacional, Koitiro Xo-Gi.

 

A sessão solene teve a apresentação musical dos cantores William Marzola, José Benito e Fabiano Marcelino e das bandas Tay-Ô Ongakutai e Nova Era Kotekitai. Também houve a apresentação de um vídeo institucional mostrando o trabalho da Associação Brasil Soka Gakkai Internacional, que conta com mais de 60 mil famílias no país. Segundo estimativa da própria entidade, a Soka Gakkai conta com cerca de 12 milhões de pessoas em todo o mundo, das mais variadas culturas e etnias.

 

Dados históricos – A Soka Gakkai Internacional nasceu em 1930, quando o professor japonês Tsunesaburo Makiguchi (1871-1944) fundou a Soka Kyoiku Gakkai – Sociedade Educacional para a Criação de Valores – predecessora da atual Soka Gakkai Internacional. Oriundo de família extremamente pobre e abandonado pelo pai aos três anos, Tsunesaburo Makiguchi foi educado por um tio (de quem adotou o sobrenome) depois que sua mãe tentou o suicídio, atirando-se com ele ao mar. Mãe e filho foram salvos, mas a mãe também o abandonou em seguida.

 

Aos 15 anos, devido à pobreza, Makiguchi teve de abandonar os estudos e começou a trabalhar numa delegacia de polícia. Extremamente aplicado, recebeu apoio de seu chefe para voltar a estudar, concluindo o curso de magistério em 1893, aos 22 anos. Crítico do sistema escolar de seu país, que considerava muito rígido, o educador começou a se preocupar com novas práticas pedagógicas e, em 1903, publicou seu primeiro livro, Geografia da Vida Humana.

 

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Soka Gakkai, que se inspirava em valores budistas, foi pressionada pelo governo militar do Japão a aderir ao xintoísmo e ao dogma da divindade do imperador. Por resistirem à imposição do governo, Makiguchi e Josei Toda, seu principal discípulo, foram presos em 6 de julho de 1943. Após 17 meses de prisão, o fundador da Soka Gakkai morreu vitimado pela desnutrição e debilidade física aos 73 anos de idade, em 18 de novembro de 1944. Seu legado foi continuado por seu discípulo Josei Toda.