Dois abaixo assinados foram entregues ao vereador Carlos Leite, com mais de 1950 assinaturas, cobrando melhorias nas áreas da educação e abastecimento hídrico
Por iniciativa do vereador Carlos Leite (PT) e da comunidade de moradores da região do Éden, a Câmara Municipal de Sorocaba realizou, na noite da terça-feira (07) uma audiência pública para debater os problemas envolvendo a educação, a saúde e o abastecimento de água naquela região. Cerca de 130 pessoas, entre moradores, políticos e lideranças comunitárias e eclesiásticas, compareceram ao evento.
Por parte da Prefeitura, esperava-se a presença dos secretários de Saúde e Educação (respectivamente Francisco Fernandes e José Simões), e do diretor geral do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (José Adhemar Spinelli Jr), mas eles não compareceram. Somente o setor de saúde se fez representado por uma servidora, a chefe da divisão de apoio regional sudeste, Fernanda Carlos, que responde pela região do Éden. "É lastimável a ausência do Poder Executivo nessa audiência pública", disse o vereador proponente, Carlos Leite.
Como os moradores dirigiram perguntas para o Poder Executivo, e este não estava presente, o vereador Carlos Leite se comprometeu a compilar todas as perguntas em requerimentos, e enviá-los ao prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB), que terá de respondê-los dentro de, no máximo, 30 dias. "Assim, os participantes da audiência pública terão garantidas as respostas que vieram buscar em nossa audiência", ressalta Leite.
Ao todo, mais de 110 questionamentos foram feitos nos microfones da Câmara Municipal. "Todas elas serão transcritas, registradas em requerimento e encaminhadas aos responsáveis de cada área na Prefeitura, que deverão enviar respostas para a Câmara, e nós remeteremos tais respostas para os moradores", comprometeu-se o vereador.
Cada área questionada (educação, saúde e recursos hídricos) teve um palestrante e um tempo específico para que o tema fosse apresentado. O professor Mário Brito discursou sobre os recursos hídricos; o professor Randal Juliano apresentou o tema da educação e os problemas que a comunidade enfrenta na área; e José Bernardo da Silva falou sobre a saúde e os temas relacionados a ele.
Após cada apresentação, os microfones foram abertos para a participação de quem quisesse fazer perguntas. Cada pessoa que fazia a pergunta entregava para a equipe do vereador uma ficha com a questão, o que garante que ela será enviada para a Prefeitura responder.
Como a única secretaria presente era a de Saúde, somente essa área teve algumas respostas emitidas na audiência. Praticamente todas as questões desse tema giraram em torno da falta de estrutura da Unidade Básica de Saúde do Éden e a demora para inaugurar a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro, que atenderá a toda a região. A entrega da UPA está atrasada em ao menos três anos, de acordo com o cronograma inicial previsto pelo governo municipal.
Já o abastecimento hídrico recebeu muitas críticas. Inclusive, o palestrante da área trouxe um vídeo em que mostrava uma garrafa sendo cheia com água da torneira, pela qual os moradores pagam. A água estava totalmente barrenta. O palestrante, inclusive, levou a garrafa cheia com o líquido para a audiência pública.
Muitas pessoas também criticaram a falta de estrutura do Poder Público para combater o despejo de esgoto diretamente no Rio Pirajibú, que recebe efluentes contaminados de outras cidades, como Itú, Mairinque e Alumínio. O assoreamento dos reservatórios de água do bairro também foi lembrado por diversas vezes.
A organização do evento, estruturada pela própria comunidade do Éden, foi elogiada por todos os presentes. "Parece um precedente altamente positivo para nossa Câmara Municipal, onde a comunidade toma a frente dos assuntos de seu interesse e pelos quais ela batalha. Buscaremos, o máximo possível, reproduzir esses modelos outras vezes", disse Leite.
Éder Massakasu Aono, teólogo, e o padre Ricardo Cirino Vaz, da paróquia Nossa Senhora da Piedade (Éden), foram os principais articuladores do evento com os moradores locais do Éden e região. Cirino entregou um abaixo-assinado para Carlos Leite com mais de 1350 assinaturas, cobrando que a Prefeitura adote medidas urgentes para evitar que a região volte a sofrer com racionamento de recursos hídricos no futuro. "Nossa região foi a única de Sorocaba que teve decretado o racionamento oficialmente", discursou Cirino.
Um outro abaixo assinado, dessa vez cobrando respostas e ações efetivas da Prefeitura no tocante ao estado de degradação da escola compartilhada (entre prefeitura e Governo Estadual) do bairro, foi entregue a Leite. Ele recebeu 160 assinaturas. Ambos os documentos serão encaminhados ao Prefeito, para que ele envie respostas aos moradores sobre diversos pontos destacados como cruciais para eles.
Mais informações com Éder Aono, pelo telefone 3325-2441.
Assessoria de imprensa – vereador Carlos Leite (PT)