17/04/2015 17h43

Participantes consideraram a audiência infrutífera, por conta da ausência da presidente do Fundo Social de Solidariedade, Maria Inês Pannunzio

 

O futuro da Feira de Artesanato de Sorocaba foi tema de audiência pública realizada na tarde desta sexta-feira, 17, na Câmara Municipal, por iniciativa do vereador Rodrigo Manga (PP). No encontro foi discutida a situação atual da feira de artesanato, as dificuldades enfrentadas pelos artesãos, problemas de segurança e o futuro da feira nos moldes atuais.

Além do parlamentar proponente, compuseram a mesa do plenário o vice-presidente e a presidente da Associação Sorocabana de Artesanato, José Vanildo Aleixo e Maria de Fátima Lima Piccolo; a presidente da Associação de Artesãos Novos Rumos, Virgínia Oliveira; e o responsável pela Feira de Artesanato, Jorge Afeich – representando a presidente do Fundo Social de Solidariedade (FSS), Maria Inês Pannunzio.

“O Poder Público não pode esquecer que, além de fazer parte da cultura de Sorocaba, de já ter se tornado tradição na cidade, dezenas de famílias dependem da renda da feira para seu sustento, por todos esses motivos a feira precisa de investimentos do Poder Público e melhorias, o que não pode acontecer é descaracterizar a feira e se perder o caráter cultural, que é tradição na cidade", afirmou Rodrigo Manga.

“Feira não será extinta” – A principal preocupação revelada pelos participantes da audiência foi em torno da insegurança quanto ao futuro da Feira de Artesanato de Sorocaba. Em diversos momentos, Jorge Afeich reiterou que a feira não acabará. “Não existe motivo para preocupação ou alarde. O interesse da Prefeitura e do Fundo Social é de viabilizar melhorias. A feira não será extinta”.

Os artesãos e comerciantes, entretanto, reclamaram que alguns planos do Fundo Social podem prejudicá-los, sobretudo o de realização da feira em novos espaços, em outros pontos da cidade, o que poderia descentralizar a atividade. “A partir do momento em que vai fracionando os artesãos, a feira vai acabando”, argumentou Virgínia Oliveira.

Outra preocupação manifestada foi quanto à reforma da Praça Frei Baraúna, considerada pela maioria dos artesãos o ponto mais rentável. Os participantes temem que não possam voltar a trabalhar no local após as obras, a exemplo do que, segundo contaram, ocorreu com a feira da Praça Pio XII. Diante de questionamentos, Afeich não soube informar qual é o prazo para realização da reforma e disse que não pode garantir o retorno dos artesãos ao local após as obras, alegando que para isso deve ser consultada Maria Inês Pannunzio.

Nova audiência pública – Diante da falta de respostas para muitas perguntas e a ausência de garantias por parte do representante do Fundo Social, os participantes consideraram a audiência improdutiva e solicitaram que seja realizada novamente. “Essa audiência só serviu para registrar reclamações”, sentenciou Maria de Fátima.

O vereador Rodrigo Manga, que já no início da sessão havia criticado duramente a ausência de Maria Inês Pannunzio, concordou com as queixas e antecipou o agendamento de uma nova audiência, cobrando garantia de participação dela. O novo encontro deve ocorrer no dia 15 de maio, às 15 horas, caso seja confirmada a participação da convidada.