23/04/2015 15h24

Vereadores decidiram que novas oitivas serão realizadas somente após análise do material

 

Na tarde desta quinta-feira, 23, vereadores que fazem parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura possíveis irregularidades nos repasses de recursos para entidades assistenciais conveniadas com a Prefeitura de Sorocaba reuniram-se para traçar metas de trabalho.

Participaram da reunião os vereadores Rodrigo Manga (PP), presidente da comissão, Marinho Marte (PPS), relator, além de Luis Santos (Pros), Francisco França (PT), Irineu Toledo (PRB) e Izídio de Brito (PT). Os parlamentares decidiram enviar ofício ao Executivo solicitando documentos relativos aos convênios firmados com entidades assistenciais.

Para o vereador Izídio, é necessário avaliar a relação entre o valor liberado pela Prefeitura e o serviço prestado pelas entidades. Luis Santos acrescentou que a eficiência delas é outro fato a ser considerado.

Irineu chamou a atenção para os contratos firmados entre o Município e as creches. Marinho Marte sugeriu que as oitivas só tenham prosseguimento depois da análise dos documentos que serão solicitados à Prefeitura.

O presidente da comissão explicou que há uma gama de contratos, alguns com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), com a Secretaria da Saúde (SES), e até com as duas simultaneamente, a exemplo da Lua Nova. “Temos ainda os Caps que firmaram convênios com instituições de acolhimento a dependentes químicos”, lembrou Manga.

Também fazem parte comissão os vereadores José Crespo (DEM) e Carlos Leite (PT).

Depoimentos – Na primeira oitiva realizada pela CPI, foram ouvidos a vice-prefeita e secretária de desenvolvimento social, Edith Di Giorgi, e o diretor da área de Suporte e Gestão da pasta, Márcio Gomes Sousa.

A principal questão debatida, que causou surpresa e indignação dos vereadores, foi a falta de fiscalização dos trabalhos realizados pelas entidades conveniadas, que, segundo Edith Di Giorgi, só será feita a partir deste ano. Outra dúvida a ser apurada é em relação à disparidade de recursos recebidos, que variam de R$ 30 mil a quase R$ 1 milhão por ano. Os valores repassados às entidades somam cerca de R$ 15 milhões.