03/06/2015 18h43

Artesãos manifestaram preocupação quanto às consequências dos planos do Fundo Social de Solidariedade acerca da feira de artesanato de Sorocaba

 

Foi realizada na tarde desta quarta-feira, 3, no plenário da Câmara Municipal, a segunda audiência pública para discutir o futuro da feira de artesanato de Sorocaba. A sessão, presidida pelo vereador Rodrigo Manga (PP) teve participação da presidente do Fundo Social de Solidariedade (FSS), Maria Inês Pannunzio, representantes de associações e dezenas de artesãos do município.

No início da sessão, Maria Inês fez uma apresentação sobre o papel da entidade e projetos planejados para a feira de artesanato local. Ela disse que o objetivo do FSS é explorar as potencialidades dos artesãos da cidade e viabilizar a autonomia deles. Maria Inês enfatizou que diversos cursos foram oferecidos pelo FSS, outros estão com inscrições abertas, e enumerou as feiras sazonais realizadas em datas comemorativas.

A presidente do Fundo Social ainda detalhou os projetos que estão em estudo acerca da feira de artesanato de Sorocaba, tais quais a realização de uma feira aos domingos na Praça Coronel Fernando prestes, quiosques para exposição e venda de artesanato nos shoppings, implantação de um centro de artesanato próximo ao mosteiro São Bento, feira de artesanato de segunda a sexta-feira na Praça do Rosário, realização de uma feira nacional de artesanato no município, entre outras.

Feira da Praça Frei Baraúna – O assunto mais discutido na audiência e principal preocupação das associações e dos artesãos foi quanto ao futuro da feira de artesanato na Praça Frei Baraúna, tida por eles como a mais rentável. “A Praça Frei Baraúna já faz parte da cultura da cidade, por que não investir na feira neste local?”, questionou Rodrigo Manga.

Maria Inês informou que a feira no local não será extinta. Em seguida, contou que há um projeto de criação de um espaço cultural no local, cujos detalhes ainda serão definidos, e que nesse recinto haverá lugar para o artesanato – o que tornaria desnecessária a existência da feira. Ela argumentou, ainda, que não podem ser realizados mais investimentos na feira da Praça Frei Baraúna porque o local é caracterizado como um jardim, e deve ser preservado dessa maneira.

Por fim, o vereador Rodrigo Manga entregou à presidente do FSS um abaixo-assinado com três mil assinaturas de artesãos e munícipes que desejam a continuidade da feira na Frei Baraúna e desejam que mais investimentos sejam feitos.

Descentralização – Outra preocupação dos artesãos é de que a criação de novos canais, por parte do FSS, descentralize a feira, enfraquecendo-a, prejudicando sua característica e identidade. O temor foi reiterado em momentos distintos pelos representantes das associações e artesãos presentes na audiência.

Manga reforçou que a criação de novos espaços gera insegurança nos artesãos. “E se não der certo, como fica a renda da família desses artesãos”, perguntou o vereador. Maria Inês disse que como todo comércio, existe o risco de as mudanças não darem certo, mas afirmou que “a administração correrá atrás do prejuízo”.