Hospital público deveria ser entregue no primeiro semestre de 2016, mas vereadores encontram terreno abandonado, sem vestígios de obras.
A Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Sorocaba esteve na manhã desta quarta-feira, 10, vistoriando a área desapropriada para a construção do Hospital de Clínicas de Sorocaba. O presidente da Comissão, vereador Izídio de Brito (PT), e os membros Pastor Apolo (PSB) e Fernando Dini (PMDB) constataram que ainda não há nenhum indício de obras do novo hospital, prometido para ser entregue no próximo ano.
Os vereadores também verificaram que as construções da antiga garagem da TCS estão abandonadas, com vidros quebrados, paredes e teto danificados, além de muitos materiais espalhados pelo terreno, inclusive com focos de água parada. “A situação é de total abandono. Encontramos vestígios de que houve uma limpeza nos últimos meses, mas não existe nada de concreto para a construção do hospital. Está claro que a promessa de entrega para o primeiro semestre de 2016 não será cumprida. No máximo as obras serão iniciadas nesse período”, afirmou Izídio.
O terreno de 36 mil metros quadrados localizado na Avenida Ipanema, Jardim Bethânia, Zona Norte da cidade, foi desapropriado pelo valor de R$ 13,6 milhões para construção do Hospital de Clínicas com 200 leitos e serviços de ortopedia e traumatologia, neurocirurgia, cirurgia geral e do trauma, atendimento materno-infantil e atenção a casos de média complexidade. Em 8 de janeiro deste ano foi publicada a Lei nº 11.050 que inclui no Programa Municipal de Parcerias Público-Privadas o projeto de PPP para a Implantação e Operação do Hospital de Clínicas de Sorocaba.
A Comissão de Saúde irá produzir um relatório sobre a vistoria que será encaminhado ao prefeito Antonio Carlos Pannunzio. Também serão cobradas informações sobre o cronograma das obras e a confirmação se o novo hospital será mesmo entregue neste mandato. “Além de não cumprir sua promessa de campanha, o prefeito está perdendo uma grande oportunidade de ter um novo instrumento público para melhorar a Saúde e romper com a atual prestação de serviços na cidade que está sobrecarregada e sem articulação, como constatou a CPI da Saúde”, completou o presidente.