Parlamentares foram ao hospital para discutir os problemas relacionados à unidade
Integrantes da Comissão Permanente de Saúde Pública da Câmara de Sorocaba e demais vereadores visitaram na tarde desta quarta-feira, 17, o Conjunto Hospitalar de Sorocaba, onde reuniram-se com o diretor Ênio Maia Guerra. Estiveram presentes o presidente da comissão, Izídio de Brito (PT) e o membro Fernando Dini (PMDB), além dos vereadores Carlos Leite (PT), José Francisco Martinez (PSDB) e Muri de Brigadeiro (PRP). Segundo Izídio, a reunião teve o intuito de apurar os problemas para verificar quais medidas o Legislativo pode tomar a fim de mitigar as crescentes queixas relacionadas à unidade.
Os vereadores apresentaram ao diretor diversas reclamações de munícipes e denúncias feitas recentemente pela mídia. Os principais questionamentos foram em relação a suposta falta de próteses no CHS, recusa de atendimento a pacientes e déficit de médicos.
Guerra admitiu que o CHS teve problemas relacionados às próteses, pois, segundo ele, há grande dificuldade na aquisição desses recursos por falta de fornecedores interessados em participar da licitação. O diretor disse que para compras dispensando licitação o valor máximo admitido é de R$ 8 mil, mas que algumas próteses especiais chegam a custar R$ 23 mil. Ele ainda informou que atualmente a situação está relativamente normalizada, excetuando-se próteses específicas para a coluna, que ainda faltam.
Quanto à recusa em atendimentos, o diretor explicou que o CHS precisa coibir alguns fluxos de pacientes, pois não tem capacidade de suportar a demanda, e por isso não atende de portas abertas à população. Ele informou que o hospital é referenciado para procedimentos de alta complexidade, encaminhando os demais casos a outras unidades de saúde do município. Guerra também argumentou que muitos problemas decorrem de cumprir excessivas ordens judiciais de atendimento (de duas a seis por dia) e as demandas espontâneas, de pessoas que procuram diretamente o hospital, sem encaminhamento (cerca de 30% do atendimento total). “Hoje estamos vivendo de cirurgias de urgência e judicial. Eletivas ficam para segundo plano”, contou.
Por fim, o diretor também reconheceu o problema do déficit de funcionários. Segundo apontou, em 2011 o CHS contava com mais de 2.500 funcionários ativos. Atualmente, em movimento inverso ao crescimento da população, o quadro é menor: 1.583 funcionários. Guerra disse que concursos para contratar novos profissionais estavam “congelados” por conta de restrição orçamentária, mas que com recente liberação do governo do Estado as contratações serão realizadas.