02/07/2015 15h32

PL quer evitar migração do "patê de ganso" para o interior de São Paulo

Combater a migração e a produção de foie gras (patê de fígado de ganso) para o interior de São Paulo. Esse é o objetivo do vereador de Sorocaba, Fernando Dini (PMDB) que criou o Projeto de Lei (nº 111/2015), que proíbe a comercialização do foie gras, in natura ou enlatado, nos estabelecimentos comerciais de Sorocaba. A iguaria é obtida através da superalimentação do pato ou ganso. O PL foi aprovado em segunda discussão na sessão desta quinta-feira, 2, na Câmara de Sorocaba e agora segue para a sanção do prefeito Antonio Carlos Pannunzio.

Há duas semanas, o prefeito Fernando Haddad (PT) já sancionou a proibição na cidade de São Paulo. “O projeto de lei tem como objetivo promover a proteção dos animais. Uma vez estabelecida a proibição da produção em São Paulo, muitos produtores poderão migrar para Sorocaba e praticar essa crueldade com o único intuito de alcançar o maior lucro possível, em total detrimento do bem-estar desses animais”, diz o vereador Fernando Dini.

No PL, o vereador ainda pede por uma multa de R$ 5 mil a quem descumprir a regra, dobrando em caso de reincidência. “Também cabe ao legislador coibir práticas criminosas contra os animais. A Lei Orgânica de Sorocaba já estabelece uma linha de política pública que norteia esse tipo de proteção”, diz.

O foie gras – Para a produção do foie gras, 16 dias antes de seu abate, um funil de 40 cm é empurrado pelo pescoço adentro dos gansos, com uma quantidade de cereais misturados com gordura equivalente a 12,6 quilos de espaguetes para um ser humano. A partir do 12º dia, esse processo é repetido de três em três horas (oito vezes ao dia). “É um absurdo que um animal seja colocado nesse tipo de situação e sofrimento para a simples produção de um aperitivo”, diz o vereador.

Assessoria de imprensa – vereador Fernando Dini (PMDB)