Cláudio Sorocaba I (PR) disse que tanto a Coreso quanto o Executivo podem contar com a Câmara para aprovação de convênio ou mudanças legais para beneficiar os catadores
Na tarde desta segunda-feira, 10, o vereador Gervino Cláudio Gonçalves, o Cláudio do Sorocaba I (PR), presidente da Câmara Municipal de Sorocaba, esteve no salão de vidro do Paço Municipal para discutir a situação dos catadores da Cooperativa de Reciclagem de Sorocaba (Coreso), que reclamam da falta de apoio do Executivo para desenvolver suas atividades.
Além do presidente do Legislativo, estavam presentes os vereadores petistas Izídio de Brito e Carlos Leite; o secretário de Governo e Segurança Comunitária, João Leandro da Costa Filho; o secretário municipal de Serviços Públicos, Oduvaldo Arnildo Denadai; o coordenador da Defesa Civil de Sorocaba, Roberto Montgomery; a presidente da Coreso, Patrícia de Sene; e um dos diretores do Centro de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento, Emprego e Cidadania de Sorocaba e Região (Ceadec), Carlos Gáspari.
Os representantes dos catadores reclamaram do fato da Prefeitura ter encerrado o contrato de locação de um dos três locais cedidos à Coreso e pediram uma alternativa na mesma região em que houve o desalojamento, na Zona Norte da cidade. “Temos cooperados que moram perto da Avenida Itavuvu e que não têm como se deslocar para a Vila Colorau, nem para o bairro Barcelona, onde ficam os outros espaços disponibilizados pela Prefeitura”, reclamou Sene.
Denadai explicou que ao contrário das outras duas cooperativas de reciclagem do município, a Coreso não é considerada de utilidade pública, além de não ter convênio firmado com a Prefeitura desde 2012. “A cooperativa não está prestando contas adequadamente ao município. Apesar disso, continuamos cedendo espaço para trabalho. O problema é que estamos enxugando gastos e não podemos mais pagar R$ 18 mil de aluguel da área na Itavuvu”, disse o secretário.
O secretário João Leandro reforçou a preocupação do Executivo com os gastos diante da crise econômica pela qual passa o país. “Não é nada contra a Coreso, as outras cooperativas só têm uma sede que fica em área pública, vocês têm duas. Não iremos mais arcar com locação de imóveis para as polícias Civil e Militar, para o Detran, para os Correios e nem para o IBGE. Temos um rombo de R$ 180 milhões e não podemos arriscar chegar ao fim do ano e não ter como pagar os salários dos servidores públicos”, alertou.
Depois de discutirem várias possibilidades, a Prefeitura informou que irá ceder um terreno público no bairro Vitória Régia, que já foi ocupado pela Coreso, mas que foi incendiado duas vezes, e fará melhorias no local enquanto o Executivo e a cooperativa procuram uma parceria para restaurar o galpão queimado. Além disso, assim que os documentos apresentados pela Coreso forem analisados, se estiver tudo em ordem, um novo convênio deverá ser firmado entre as partes.
Cláudio Sorocaba I disse que tanto a Coreso quanto o Executivo podem contar com a Câmara para aprovação de convênio ou mudanças legais para beneficiar os catadores. “É preciso observar que essas famílias precisam dessa fonte de renda, porque dificilmente vão conseguir colocação no mercado de trabalho e são pessoas pobres, com filhos para sustentar”, afirmou.