18/08/2015 11h10

O vereador Carlos Leite (PT) constatou in loco os problemas enfrentados pelos feirantes na montagem das barracas

 

A pedido de comerciantes e produtores rurais, o vereador Carlos Leite (PT) visitou, na noite de sábado para domingo (15), e na manhã do domingo (16), o varejão do Mercado Distrital, onde toneladas de produtos agrícolas são vendidos no domingo, em uma das feiras mais frequentadas da Zona Norte de Sorocaba.

 

Frutas, legumes, verduras e carnes de primeira qualidade são comercializados a preços acessíveis, contribuindo para a manutenção da cultura agrícola no município de Sorocaba. Boa parte dos feirantes são produtores rurais também, o que torna ainda mais barato os artigos vendidos.

 

Mas quem vê a feira durante o dia, pouco percebe os graves problemas pelos quais passam os feirantes durante o processo de montagem de suas barracas.

 

A maior reclamação é contra as barreiras que a Prefeitura implantou na entrada do prédio do mercado, impedindo os carros e caminhonetes dos produtores de adentrar o local, o que há décadas era feito corriqueiramente. Agora, eles precisam transportar as toneladas de mercadorias em carrinhos de mão ou carrinholas, tornando o trabalho de carga e descarga ainda mais duro e pesado.

 

Segundo os feirantes do varejão, a Prefeitura adotou a medida alegando que os veículos estavam prejudicando o piso, que está realmente esfacelado em alguns locais e altamente perigosos em outros, como em uma boca de lobo, que está caindo dentro do buraco que ela deveria tapar, enquanto compradores passam perigosamente em suas margens.

 

Os feirantes alegam que seus veículos não danificam o piso. Ao contrário, teria sido o próprio veículo da Prefeitura, muito mais pesado, quem quebrou o concreto do local, quando entrava para coletar os restos da feira deixados para trás. Teria sido esse o caso da boca de lobo quebrada.

 

Em uníssono, os comerciantes declararam ao vereador Carlos Leite que bloquear a entrada do prédio foi a pior iniciativa da Prefeitura, pois tornou o trabalho deles muito mais difícil, além de prejudicar os próprios munícipes que adquirem produtos no Distrital.

 

Além disso, os feirantes reclamam que os banheiros ficam trancados à chave do sábado para o domingo, impedindo que eles tomem banho ou se lavem, mesmo após todo o esforço feito para descarregar os caminhões e montar as barracas. Como muitos deles pernoitam no local, para a feira da manhã seguinte, eles acabam dormindo suados.

 

A precariedade da iluminação pública dentro do Distrital é outra reclamação. Muitos feirantes precisam montar suas barracas literalmente no escuro, especialmente aqueles cujas barracas ficam mais próximas da rua. Isso porque as lâmpadas do pátio estão queimadas, assim como muitas outras lâmpadas dentro do prédio.

 

E para quem precisa utilizar balanças para pesar seus produtos, a dificuldade é ainda maior, já que a Prefeitura desligou a energia elétrica que era distribuída no pátio. Agora, a energia é retirada de dentro do prédio, por fios que correm pelo chão entre os pés de comerciantes e compradores.

 

O desnível do solo é outro problema enfrentado pelos produtores, que precisam calçar suas barracas para que possam abarrotá-las de produtos. Tábuas, ripas e madeiras são improvisadas para garantir um pouco do equilíbrio das barracas. Enquanto isso, o esfacelamento do solo torna o local perigoso para os compradores, que volta e meia tropeçam em blocos de asfalto, pedras e lajotas.

 

O subaproveitamento do prédio do Distrital, que mantém hoje poucos comerciantes internos, e a falta de manutenção interna e externa, chamam a atenção de todos. Para os comerciantes, com poucos recursos públicos o local poderia ser melhorado e muito mais aproveitado por produtores e comerciantes. Quem mais se beneficiaria, segundo eles, seriam os próprios clientes.

 

“É um absurdo o que vimos dentro do Distrital, um absoluto descaso da Prefeitura com os produtores, que trabalham duro e não dispõem sequer de uma estrutura mínima para comercializar seus produtos. Eles são prejudicados pela falta de ação do Poder Público, assim como os próprios clientes”, diz o vereador Carlos Leite, que já encaminhou uma série de documentos à Prefeitura cobrando melhorias no local, bem como realizou uma audiência pública no início do segundo semestre, quando participaram dezenas de produtores rurais, sem a presença de um único representante da Prefeitura.

 

(Assessoria de Imprensa – Vereador Carlos Leite/PT)