Funcionários em greve da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo, Itesp, estiveram mais uma vez na Câmara Municipal de Sorocaba na manhã desta quinta-feira, 20, no início da 48ª sessão ordinária. A advogada Margarete Walter Pereira, que utilizou a tribuna para falar em nome do Itesp, solicitou dos vereadores uma moção de apoio à luta pela valorização da categoria que deverá ser encaminhada ao Secretário da Justiça e ao Governador do Estado. Também pediu a participação de todos no ato que será feito pelos servidores na manhã desta sexta-feira.
Margarete falou sobre a gravidade da situação, destacando que dois terços dos funcionários recebem salários de 900 a 1800 reais e a discrepância de benefícios dentro da própria secretaria. Disse ainda que a categoria não tem recebido a reposição salarial, que já somam 40 % de perdas salariais nos últimos anos. “O que estamos lutando não é aumento de salário, é reposição salarial”, afirmou.
Em nome da Casa, o presidente Cláudio do Sorocaba I (PR), demonstrou apoio à causa. Já a vereadora Neusa Maldonado (PSDB) se propôs, junto ao vereador José Francisco Martinez (PSDB), encaminhar o pedido a deputada estadual Maria Lucia Amary. Também se prontificou a produzir a moção o vereador Helio Godoy (PSD), presidente da Comissão de Regularização Fundiária da Câmara. Outros vereadores como Muri de Brigadeiro (PRP), Jessé Loures (PV) e Luís Santos (Pros) se solidarizaram com os servidores.
A advogada falou sobre a função do Itesp, que atende comunidades quilombolas e trabalha com regularização fundiária, através de parceria com as prefeituras, sendo nove perímetros na região. Em Sorocaba, como exemplificou, foi desenvolvida a regularização da Vila Barão e expedidos 684 títulos.