Segundo superintendente, hospital já atende mais do que o previsto e ampliação depende de recursos da Prefeitura
O presidente da Comissão de Saúde Pública da Câmara de Sorocaba, Izídio de Brito (PT), esteve na manhã desta sexta-feira, 28, no Hospital Santa Lucinda onde se reuniu com o superintendente, Carlos Aparecido Teles Drisostes, em busca da possibilidade de ampliação dos serviços prestados pelo hospital ao Município. Após a apresentação dos dados referentes a produtividade e financiamento, o superintendente confirmou uma margem de expansão de ao menos 20%, condicionada ao pagamento de custeio pela prefeitura.
O diretor clínico, Dr. Elton Luis Faggioni Trani, e a gerente administrativa do hospital, Regina Menassanch, também participaram da reunião com a Comissão de Saúde que é formada ainda pelos vereadores Pastor Apolo (PSB) e o vereador Fernando Dini (PMDB). Apolo foi representado por sua assessoria.
Com receitas SUS totais de R$ 2.861.920 ao mês, sendo 65% de verba Federal, 16% estadual e 19% municipal, o hospital trabalha atualmente com um déficit de R$ 1,4 milhão, que em parte é coberto pelo Estado e pela mantenedora, sobrando ainda cerca de R$ 230 mil ao mês para fechar as contas. “Não vou crescer em produção se eu tiver déficit”, afirmou o superintendente que demostrou que o hospital já produz mais do que o previsto no contrato com o Município. “Não tem sentido o Município não arcar com parte do custeio do hospital. Há interesse de crescimento, mas precisa ser sustentável”, completou.
Em 2003 a gestão do hospital passou para o Município, antes era do Estado. Em 2006 houve a primeira contratualização e em 2013, com o segundo contrato, houve a regulação pela prefeitura dos pacientes de alta complexidade, média complexidade e urgência referida. Hoje o hospital atende apenas pacientes encaminhados pelo Município. De 2010 para 2015 a média diária de pacientes SUS no hospital subiu de 53,97 para 67,33; já a taxa de ocupação passou de 68,31 para 91,03.
Após a reunião, o grupo fez uma visita guiada pelo hospital, onde pode-se conhecer as benfeitorias feitas na estrutura do prédio. Atualmente o Santa Lucinda conta com uma equipe de manutenção própria o que facilita as reformas. Ainda sobre a possibilidade de expansão dos serviços, o superintendente afirmou que aos finais de semana a taxa de ocupação no hospital cai e poderiam ser realizadas ações como mutirões. O Santa Lucinda conta com 82 leitos, UTI Neonatal e adulto.
“Constatamos que há possibilidade de ampliar o serviço prestado ao Município, como esperávamos. Agora é preciso que o Poder Público reconheça e invista”, afirma Izídio de Brito. O presidente da Comissão de Justiça afirmou que o próximo passo é visitar o Hospital Evangélico, também em busca de novos leitos para o Município. “Qual o compromisso social do hospital com a cidade que um repassou recursos?”, questiona o vereador.