Informação foi passada pela Prefeitura e Saae ao vereador Carlos Leite, que agora cobra os estudos feitos para implantação do equipamento sanitário.
Todo o esgoto que a Arena Multiuso gerar terá como destino uma fossa séptica com filtro anaeróbico. Essa foi a solução encontrada pela Prefeitura para driblar a ausência de rede coletora de esgoto na região onde o equipamento esportivo está sendo construído. Foi isso o que disse o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), em resposta a requerimento de autoria do vereador Carlos Leite (PT).
O requerimento também cobrava informações sobre a previsão do volume de esgoto produzido por mês no local, além de solicitar uma data prevista para inauguração. O Saae, contudo, não se manifestou sobre essas duas perguntas.
A autarquia informou, no entanto, que o sistema individual de tratamento de esgoto "deverá ser implantado pela empresa responsável pela execução da obra, conforme tratativas feitas anteriormente, junto à PMS (Prefeitura Municipal de Sorocaba)", escreve o Diretor Geral do Saae, Rodrigo Maldonado.
O vereador Carlos Leite está preocupado com o destino dado ao esgoto produzido na região, uma vez que a área pertence à microbacia do Rio Ipanema do Meio, um dos principais afluentes do Rio Sorocaba. O Ipanema passa por áreas da Flona (Floresta Nacional de Ipanema), e pode gerar profundos impactos ambientais caso receba mais efluentes de esgoto, aumentando a chamada carga orgânica (composta por fezes e outros detritos orgânicos, por exemplo) nas águas.
O que causou estranhamento no mandato do vereador Carlos Leite foi o porque não utilizar, na Arena, o sistema público de coleta, afastamento e tratamento de esgoto da sub-bacia Itanguá, que será utilizado pelo novo Hospital Regional, a ser implantado ao lado do equipamento esportivo.
"A Prefeitura informa que a ETE Itanguá está em pleno funcionamento, e para lá serão enviados os efluentes do novo Hospital. Então, por qual razão utilizar a fossa séptica, que é um tipo específico de tratamento, e não enviar todos os efluentes para a ETE Itanguá?", questiona o biólogo Rogério de Campos, chefe de gabinete do mandato do vereador Carlos Leite.
O mandato do parlamentar está encaminhando, agora, ofício com base na Lei de Acesso à Informação, solicitando a cópia de todo o processo de elaboração do projeto de construção da fossa séptica, bem como os laudos de licenciamento ambiental, e dados concretos sobre a previsão de produção mensal de esgoto.
Novo Hospital Regional - O destino dos efluentes também preocupa o vereador Carlos Leite em relação ao novo Hospital Regional de Sorocaba, a ser construído em terreno de 37 mil metros quadrados, localizado na Rodovia Raposo Tavares, no bairro Ipanema do Meio, ao lado da Arena.
O parlamentar enviou várias questões via requerimento à Prefeitura, que respondeu informando que "futuramente, há previsão de construção de uma nova Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), próxima ao Bairro Quintais do Imperador, que irá atender a sub-bacia de esgotamento sanitário Ipaneminha, na qual está inserida a área do futuro Hospital Regional".
A Prefeitura informa, ainda que "enquanto esse novo sistema não for implantado, o hospital será atendido pelo sistema público de coleta, afastamento e tratamento de esgoto da sub-bacia Itanguá, o qual tem como destino final a ETE Itanguá que se encontra em operação".
Assessoria de Imprensa do vereador Carlos Leite (PT)