16/11/2015 17h14

Presidente da CPI, vereador José Crespo (DEM) criticou a ausência e informou que o depoente será acionado judicialmente para depor na Câmara

Convocado pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Educação para explicar o posicionamento do governo estadual referente à reorganização escolar proposta para 2016, o dirigente regional de ensino, Marco Aurélio Bugni, não compareceu à oitiva realizada na tarde desta segunda-feira, 16, na Câmara de Sorocaba. Por conta da ausência, a comissão ingressará com ação na Justiça para que o convocado seja obrigado a prestar depoimento aos vereadores.

O presidente da CPI, José Crespo (DEM), lembrou que na sexta-feira, 13, Bugni estava presente na reunião realizada pela secretaria da Educação na escola Getúlio Vargas e, na ocasião, garantiu aos vereadores que compareceria à oitiva. “Forças ocultas talvez tenham agido de sexta-feira até hoje para mudar ânimos políticos para que ele não comparecesse”, criticou Crespo.

O vereador informou também que, diante das ausências do dirigente regional e do secretário municipal da Educação, Flaviano Agostinho de Lima, a proposta da CPI agora é de que ambos sejam ouvidos juntos. Por fim, Crespo contou que a intenção dos vereadores é reverter qualquer reorganização para 2016.

Em seguida, o vereador Carlos Leite (PT), lamentou que munícipes tenham dedicado seu tempo para comparecer à Câmara e a oitiva não tenha atingido seu objetivo por ausência do depoente. Já Izídio de Brito (PT) ressaltou a desconsideração do secretário da Educação, contando que ele não compareceu a duas audiências públicas a que fora chamado, além de desrespeitar a convocação da CPI. “Tem gente achando que o secretário é um coitadinho, mas tem um histórico que não é dos melhores de falta de comprometimento com a democracia. Os secretários do Executivo precisam começar a respeitar o Legislativo e as convocações”.

O relator da CPI, vereador Marinho Marte (PPS), chamou o processo conduzido pelo Estado de “desorganização do ensino” e salientou que o secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, através da imprensa, admitiu que as prefeituras só foram informadas das mudanças no final de outubro, após divulgação da lista das escolas a serem fechadas. “Não está nada resolvido. O próprio secretário de Estado disse que o critério é inapropriado. Não estou entendendo por que a Prefeitura está com tanta vontade de fazer isso”, disse Marinho.

Irineu Toledo (PRB) reclamou da falta de clareza sobre o assunto. “Ninguém sabe direito quem está sendo atingido por isso. O representante do Estado diz que está tudo bem, mas não está”. Já Luis Santos (Pros), presidente da comissão permanente de Educação da Câmara de Sorocaba, disse que a comissão não está omissa e continua no trabalho de discussão do que acha interessante para a população.

Por fim, o vereador Francisco França (PT) também lamentou a ausência do convocado, mas disse que tem certeza que a situação ainda será revertida. “Porque a população quer que seja revertida”, finalizou França.