Presidida pelo vereador Cláudio Sorocaba I (PR), a solenidade também homenageou personalidades que contribuem para a promoção da consciência negra no município
O Dia da Consciência Negra – celebrado anualmente em 20 de novembro, em memória de Zumbi dos Palmares – foi comemorado na noite de quarta-feira, 18, na Câmara Municipal de Sorocaba, em sessão solene presidida pelo vereador Gervino Cláudio Gonçalves, o Cláudio Sorocaba I (PR). A iniciativa da homenagem foi do vereador José Francisco Martinez (PSDB) e contou com a aprovação unânime do plenário.
Além do presidente da Casa, compuseram a mesa de honra da solenidade o vereador Wanderley Diogo (PRP); Lucimara Rocha, coordenadora da Igualdade Racial da Secretaria de Desenvolvimento Social; e Maria José de Almeida Lima, ex-secretária de Cidadania e fundadora do Movimento Mulheres Negras de Sorocaba (Momunes).
Também estiveram presentes o chefe de Divisão de Eventos da Secretaria da Cultura, Osmir Antonio da Silva, representando a secretária Jaqueline Gomes da Silva; a presidente do Momunes, Amélia Cristina Mendes; e o presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba, professor Adilson Cezar. A solenidade contou com apresentações musicais de Cássio Ferraz.
Foram homenageados por sua contribuição à consciência negra no município o psicólogo Air Sudário da Silva, que realizou em 1994, na Igreja Metodista Central, o primeiro culto de Ação de Graças pelo Dia da Consciência Negra; a enfermeira Ana Cristina Cordeiro Santiago, da rede pública municipal de saúde, que se dedica à saúde da população negra; o líder religioso Darci Timóteo de Oliveira, que fundou o Conselho Regional das Irmandades de São Benedito; o pedagogo e pós-graduado em psicologia Eduardo Alves Santos, presidente da Associação Sorocabana de Capoeira, conhecido como Mestre Falcon.
Também foram homenageados o doutor em Educação e mestre em administração José Carlos Moura, militante da luta ambientalista; Lionel Jacinto Rosa, representante da cultura quilombola; o psicólogo e pedagogo Marcos Antonio Pereira, consultor e pesquisador do Grupo Trança de Teatro Negro; Maria Aparecida Duque da Silva, que exerce o papel de benzedeira, herdado de sua mãe; Maria Benedicta do Amaral Camargo, membro da Irmandade de São Benedito; Teresa de Castro Timóteo, integrante da Pastoral Vocacional e Litúrgica; e a pedagoga Mariana Martha Cerqueira da Silva, mestre em Educação e pesquisadora das temáticas étnico-raciais no ensino, que discursou em nome dos homenageados.
Em seu discurso, o presidente da Casa, Cláudio Sorocaba I, ressaltou a luta dos negros pela liberdade, destacou personalidades negras que fizeram história no país em várias áreas, como o compositor José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), o engenheiro André Rebouças (1838-1898) e o poeta Cruz e Sousa (1861-1898), e discorreu sobre o preconceito racial, enfatizando que ele ainda persiste. Cláudio Sorocaba também lembrou que, em seu primeiro mandato, votou a favor da Lei 8.120, de 2 de abril de 2007, de autoria do ex-vereador (hoje deputado estadual) Raul Marcelo (Psol), que instituiu o feriado da Consciência Negra em 20 de novembro.