05/04/2016 12h25
 

Vereadores se manifestam em favor da categoria e pedem intervenção do Executivo na negociação salarial.  

 

Trabalhadores do Consórcio Sorocaba Ambiental (CSA) estiveram no plenário da Câmara Municipal no início da 17ª sessão ordinária, nesta terça-feira, 5, para pedir o apoio dos parlamentares na negociação da categoria com a empresa pelo reajuste salarial. Coletores e motoristas que fazem a limpeza pública estão em greve desde a sexta-feira, 1, e reivindicam 12,35% de reajuste nos salários e benefícios, enquanto a empresa oferece 11,08% nos salários apenas. Vereadores utilizaram a tribuna para prestar solidariedade e cobrar uma saída para o impasse, solicitando a intervenção do Executivo nas negociações.

 

O vereador Francisco França (PT) parabenizou a categoria pela mobilização e afirmou que, apesar de ser um serviço terceirizado, a prefeitura tem “obrigação política e moral” de fazer a intermediação na negociação entre sindicatos e empresa. França esteve reuniu na tarde de ontem com o Secretário de Governo, João Leandro da Costa Filho, que assumiu o compromisso de entrar em contato com a empresa para tentar uma negociação. O vereador criticou ainda a liminar concedida prevendo que 80% dos trabalhadores voltem ao serviço, índice que em sua opinião infringe o direito de greve previsto constitucionalmente.

 

Em seguida, o vereador Irineu Toledo (PRB) ressaltou que os coletores são mal remunerados e também criticou a porcentagem exigida pela justiça que a torna inócua em sua opinião. Waldecir Morelly (PRP) também defendeu a legitimidade da reivindicação e afirmou que a categoria merece mais do que o solicitado. Da mesma forma Rodrigo Manga (DEM) e Claudio do Sorocaba I (PR) falaram sobre a importância e dificuldade do trabalho prestado pelos coletores e sobre a necessidade de valorização da categoria. “Vocês estão de parabéns. Não se consegue nada sem luta. Um dos maiores contratos do Executivo é da coleta de lixo, mas quando é para pagar partir o bolo, pagar o que vocês merecem, essas empresas não querem”, afirmou Claudio.

 

Já o vereador Marinho Marte (PPS) solicitou que a Câmara intervenha em favor dos coletores pedindo para a prefeitura intermediar a negociação em busca de uma contraproposta digna e o vereador Izídio de Brito (PT) reforçou a necessidade de análise da planilha de gastos da empresa e do contrato firmado que, segundo o vereador, subiu 300% em relação ao anterior.  

 

Os vereadores Pastor Apolo (PSB), Luis Santos (Pros), Wanderley Diogo (PRP), Carlos Leite (PT), Jose Crespo (DEM), Tonão Silvano (SDD) e Fernando Dini (PDDB) também prestaram solidariedade aos funcionários em greve e se colocaram à disposição para ajudar na negociação. Por fim, Jessé Loures (PV) afirmou ser um momento importante para discutir o sistema de coleta e destinação do lixo na cidade, defendendo o tratamento dos resíduos sólidos e a coleta seletiva e o líder do governo, vereador Anselmo Neto (PSDB), afirmou que o posicionamento da prefeitura deve ser em favor dos funcionários e que a Câmara fará todo o esforço para que o acordo saia o quanto antes.