O engenheiro Fernando Lisboa afirma que, se for concretizado, o projeto do BRT será a “escravidão financeira” de Sorocaba
O engenheiro Fernando Lisboa usou a Tribuna Popular, na sessão ordinária desta terça-feira, 17, da Câmara Municipal, com o objetivo de pedir providências contra a Comissão Especial de Licitações da Secretaria de Administração da Prefeitura de Sorocaba, que aprovou o edital de concorrência para implantação do BRT no município, tendo por base uma tarifa de R$ 4,43 por passageiro. “De onde saiu o cálculo dessa tarifa técnica?”, questiona Lisboa.
Com base nessa tarifa e na estimativa de que o BRT movimentará um total de 165 mil passagens diárias, Fernando Lisboa calcula que a Prefeitura vai gastar quase R$ 266,8 milhões por ano com o BRT. “O contrato da Prefeitura com o BRT é leonino e devorará Sorocaba. Com esse dinheiro, seria possível fazer 15 pontes sobre o Rio Sorocaba mais dez travessias na linha férrea e talvez sobrasse recursos para investir em educação e saúde”, afirmou.
“Se for efetivado esse contrato por uma concessão de 10 anos, ao invés de receber, a Prefeitura pagará indevidamente R$ 2,667 bilhões. E se a concessão for de 20 anos, o gasto será de R$ 5,335 bilhões. Tudo isso ao preço de hoje, fora os futuros reajustes na tarifa. Se os vereadores validarem esse ato do prefeito municipal, estarão condenando Sorocaba à escravidão financeira”, afirmou Fernando Lisboa, que pediu à Câmara Municipal que embargue o contrato do BRT.