10/06/2016 11h20
 

Hospital público deveria ser entregue no primeiro semestre de 2016, mas no momento obras estão em andamento para abrigar instalações da Secretária de Saúde como Vigilância Epidemiológica, Farmácia e Zoonoses.

 

O presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Sorocaba, vereador Izídio de Brito (PT), esteve na manhã desta sexta-feira, 10, vistoriando a área desapropriada para a construção do Hospital de Clínicas de Sorocaba. No local estão em andamento algumas obras de reforma de uma das construções da antiga garagem da TCS para acomodar serviços da Secretaria da Saúde.

 

Segundo o projeto da Secretaria de Obras, a qual o vereador teve acesso, o prédio em reforma deverá abrigar a Vigilância Epidemiológica, a Zoonoses e a Farmácia Municipal. Mais uma vez foi constado que não há nenhum indício, até o momento, de obras do novo hospital, prometido para ser entregue neste semestre. O restante das antigas instalações da empresa continua abandonado, com vidros quebrados, paredes e teto danificados.

 

            Para o parlamentar, as obras iniciadas pelo Executivo têm como objetivo mostrar para a comunidade que alguma coisa está sendo feita. “É para maquiar a não construção do hospital, que é promessa de campanha e mais uma obra que não vai acontecer”, destacou o vereador.

 

O terreno de 36 mil metros quadrados localizado na Avenida Ipanema, Jardim Bethânia, Zona Norte da cidade, foi desapropriado pelo valor de R$ 13,6 milhões para construção do Hospital de Clínicas com 400 leitos, em duas fases, e serviços de ortopedia e traumatologia, neurocirurgia, cirurgia geral e do trauma, atendimento materno-infantil e atenção a casos de média complexidade. Também foram gastos mais de R$ 3 milhões no projeto de PPP (Parceria Público-Privada) para a Implantação e Operação do Hospital de Clínicas de Sorocaba.

 

            Segundo Izídio, a Comissão de Saúde, que é formada ainda pelos vereadores Fernando Dini (PMDB) e Pastor Apolo (PSB), irá produzir um relatório sobre a vistoria e analisar todos os contratos da PPP, não descartando a possibilidade de uma denúncia, caso seja encontrada alguma irregularidade. “Vai fazer o hospital ou não? Isto aqui não tem cara de hospital. Não se justifica o dinheiro gasto, a propaganda feita”, concluiu o presidente da comissão.