11/07/2016 12h21

Projeto de Francisco Moko Yabiku (PSDB), sugerido pelo CVV, visa instituir o “Setembro Amarelo”

A Câmara Municipal vota em primeira discussão, na sessão desta terça-feira (7), a instituição da Campanha Municipal de Prevenção ao Suicídio “Setembro Amarelo”. O vereador Francisco Moko Yabiku (PSDB) apresentou o projeto de lei por solicitação da diretoria do Centro de Valorização da Vida (CVV). A proposta recebeu parecer favorável de todas as comissões permanentes do Legislativo após ter um artigo considerado inconstitucional suprimido por emenda da Comissão de Justiça.

O projeto do “Setembro Amarelo” prevê o desenvolvimento de ações de conscientização anualmente ao longo de todo mês de setembro. Segundo Yabiku, o suicídio também deve ser visto como assunto de saúde pública, em razão do constante crescimento no índice de transtornos de ordem psiquiátrica e psicológica na população, independentemente de faixa etária, sexo, classe socioeconômica ou nível de escolaridade. “Da mesma forma que os cânceres de mama e próstata, as DSTs/Aids, entre outras doenças que são prevenidas por campanhas permanentes, com esclarecimento, o suicídio também poderá ser”, acredita.

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de suicídios cresceu em cerca de 60% nas últimas cinco décadas. A cada ano, cerca de 1 milhão de pessoas tira a própria vida, o equivalente a uma morte a cada 40 segundos em todo mundo. No Brasil, é registrado um suicídio por hora, uma média de 4,9 por 100 mil habitantes.

Considerado Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, o 10 de setembro motivou o desenvolvimento do “Setembro Amarelo” em diversos países. No Brasil, a campanha já instituída em algumas cidades, como o Rio Janeiro-RJ, Americana-SP e Boa Vista-RR, além de contar com apoio do Ministério da Saúde. No ano passado, o Cristo Redentor e o Congresso Nacional foram iluminados de amarelo durante a data, por exemplo.

Quebrar o tabu

A preocupação a fim de evitar casos de suicídio motiva o trabalho de diversas entidades sociais e organizações não governamentais ao redor do mundo, como o CVV no Brasil. Criada em 1962, a instituição possui cerca 2 mil voluntários, que atuam 24 horas por dia em cerca de 70 postos em todo país.

 Em Sorocaba, o CVV atua desde 1983 e conta 65 voluntários, responsáveis por prestar durante o ano todo, 24 horas por dia, cerca de 1.500 atendimentos mensais pessoalmente (Rua Nogueira Martins, 334, Centro), por meio de telefone (188 e 141), carta e internet, pelo www.cvv.org.br. (e-mail, chat e Skype). A entidade é mantida pela Associação Sorocabana de Apoio a Vida (Asav) e atende não só a cidadãos de Sorocaba e região, mas de todo Brasil.

 De acordo com o presidente da Asav, Eduardo Bonilha, pessoas com intuito de tirar a própria vida estão entre os casos mais comuns atendidos pelo CVV. Felizmente, muitos deles conseguem ser evitados por meio do diálogo com os voluntários, motivando inclusive mensagens e depoimentos públicos em agradecimento. “O suicídio é visto como tabu pela sociedade: todo mundo evita tocar no assunto. Porém, como qualquer doença, a informação é o melhor caminho para a prevenção”, acredita.

(Assessoria de imprensa – vereador Francisco Moko Yabiku/PSDB)