25/07/2016 15h59

O vereador Carlos Leite (PT) está encaminhando ofício ao Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) cobrando informações sobre os encaminhamentos dados às demandas da população de três bairros da cidade, que participaram de uma reunião na autarquia no último dia 15 de junho. "As comunidades estão querendo respostas, e precisamos de um posicionamento oficial do Saae sobre os assuntos que tratamos", diz o vereador Carlos Leite.

No dia da reunião, quase vinte lideranças comunitárias, de três bairros de Sorocaba, se reuniram para cobrar diversas melhorias, dentre elas, o alargamento, aprofundamento e desobstrução do córrego do Jardim Piratininga (lateral à Rua Pedro Péres), que há décadas provoca inundações em dezenas de residências, fazendo os moradores perderem seus bens.

Outras medidas cobradas são o desassoreamento de um córrego na Vila Haro, e a diminuição dos valores cobrados para fornecimento de água para a região da Campininha.

Jardim Piratininga - No último dia 31 de março, por exemplo, o córrego transbordou com o grande volume de chuvas, atingindo residências locais e obrigando várias famílias a deixarem seus lares por causa da inundação. Um homem foi retirado de casa pelos vizinhos, que utilizaram uma corda para evita que a correnteza o arrastasse quando saísse de casa.

"O córrego do Jardim Piratininga precisa de obras de reestruturação urgentes, semelhantes às que foram feitas no córrego do lavapés, das proximidades. Vários tubos têm que ser retirados e substituídos por módulos de concreto armado de grande diâmetro, facilitando o escoamento das águas", disse o vereador Carlos Leite a Wilson Unterkircher Filho, o Cuca, que recebeu o grupo.

O Diretor Geral do Saae, Rodrigo Maldonado, não estava no local no momento da reunião. Cuca disse que passaria todas as informações para Maldonado, e depois retransmitiria as decisões à comunidade. "Estamos pedindo, depois de mais de um mês daquela reunião, um posicionamento oficial do Saae e de Maldonado em relação às demandas", afirma Leite.

Por meio do requerimento número 1032/2016, que pedia informações ao Saae sobre o alagamento de casas na rua Pedro Peres, a autarquia se limitou a responder que "existe um projeto de canalização do córrego Piratininga desenvolvido no ano 2000, que prevê algumas obras naquela região", mas que "atualmente não há previsão para execução dessas obras, por falta de dotação orçamentária".

No requerimento, o parlamentar havia elencado 11 questões, dentre elas, quais as medidas adotadas pela Prefeitura frente às perdas patrimoniais dos moradores com o transbordamento do córrego; sobre as medidas de limpeza do leito do córrego; sobre o histórico de transbordamentos, dentre outras coisas.

Desassoreamento de córrego - Outra demanda levada ao Saae na ocasião, foi o desassoreamento do córrego que passa sob a Rua Ramon Haro Martini, na altura do Parque Três Meninos. Além da limpeza integral do córrego (o Saae limpou recentemente apenas um pequeno trecho), os moradores do bairro pedem a substituição da tubulação por galeria celular, garantindo a passagem de volume muito maior de água.

Hoje, o córrego transborda na passagem sob a Ramon Haro, invadindo um condomínio predial imediatamente do outro lado da via, ocasionando perdas patrimoniais aos moradores. "Vamos cobrar respostas da autarquia, de forma que esses problemas sejam corrigidos o quanto antes. Do jeito que está não pode continuar", conclui o vereador, que utilizou a tribuna da Câmara nesta quinta-feira (16) para fazer um balanço da reunião e cobrar mais celeridade da autarquia.

Fornecimento de água - Uma terceira demanda levada pelas lideranças à reunião na autarquia foi a diminuição dos altos valores cobrados para o fornecimento de água ao bairro da Campininha (região do Éden), que não é atendido por rede de distribuição. Ao invés da rede, o Saae leva água com caminhão pipa às famílias, ao custo mensal de R$ 182,60 por 12 mil litros.

O vereador teve a informação extraoficial de que os valores seriam diminuídos nesse segundo semestre de 2016. "Mas queremos um posicionamento oficial", diz Leite.

Segundo os moradores locais, na ocasião da reunião, o Saae estava cobrando a água e o transporte da água, o que encarece demais o processo. "A autarquia tem o dever de fornecer a água, devendo cobrar apenas por ela, absorvendo o custo do transporte", diz Leite, opinião compartilhada entre os moradores locais. Caso cobrasse apenas a água, as famílias teriam de pagar cerca de R$ 25 por mês.

(Assessoria de imprensa – vereador Carlos Leite/PT)