TRIBUNA POPULAR: Associação dos Diabéticos passa por dificuldades para manter atendimento

 

O presidente da Associação dos Diabéticos de Sorocaba – ADS, Osley Antonio Nunes, utilizou a Tribuna Popular no início da sessão ordinária desta quinta-feira, 1º de dezembro, para prestação de contas referente aos atendimentos e apresentação dos problemas financeiros que a entidade vem enfrentando nos últimos anos.

 

Fundada em 1995 por um grupo de diabéticos e familiares, o lema da ADS é “Conhecer para controlar” e a entidade oferece exames gratuitos, plantões psicológico e farmacêutico, palestras, oficinas de treinamento, visitas a acamados, assessoria jurídica, consultas nutricionais e o “Bazar Diet”, entre outras ações. Segundo o presidente, a entidade realiza 30 atendimentos diários, contando com 130 associados.

 

O orador ressaltou a falta de campanhas de prevenção. Nunes apresentou dados sobre os diabéticos, destacando que o censo de 2010 contabilizou 12 milhões de brasileiros com diabetes, sendo que hoje a estimativa aponta para 16 milhões de diabéticos no país. Em Sorocaba, o último censo foi realizado em 2009 e entre 6% e 7% da população é de diabéticos.

 

Em seguida, o presidente da ADS falou sobre as dificuldades financeiras enfrentadas pela entidade desde 2014, quando o convênio com a Prefeitura foi encerrado, não descartando o fechamento da entidade. “Estamos fazendo o que o Poder Público deixa de fazer, neste ano não fechamos a entidade por persistência”, disse, destacando ainda que a rede pública e a farmácia de alto custo estão deixando de fornecer insumos aos diabéticos, incluindo a insulina.  

 

O presidente José Francisco Martinez (PSDB) e o vereador Luis Santos (Pros) lembrando o apoio da Casa à entidade nos últimos anos, através de emendas parlamentares, destacando que metade do orçamento impositivo de 2017 será destinado à Saúde pelos vereadores. Santos explicou, porém, que os parlamentares não podem especificar as entidades em suas emendas, como era feito no passado. O parlamentar também lembrou o ex-vereador Claudemir Justi, que era diabético e um dos defensores da causa e da ADS.