JP Miranda (PSDB) argumenta que há uma proliferação desse tipo de atividade no município e quer saber se as aulas são ministradas por profissionais preparados
O crescente número de escolinhas de futebol particulares ou de projetos sociais na cidade de Sorocaba é motivo de preocupação para o vereador João Paulo Miranda, o JP Miranda (PSDB), que, por meio de requerimento protocolado na Câmara Municipal, cobra da Prefeitura, por meio do setor competente, uma fiscalização mais rigorosa desse tipo de atividade.
“A prática de esporte por parte de crianças e adolescentes, inclusive em escolinhas de futebol, deve ter um caráter educativo, contribuindo para fortalecer a disciplina, a força de vontade e o trabalho em equipe. Mas para isso é preciso que o esporte seja praticado de forma adequada, com profissionais capacitados, o que, infelizmente, nem sempre acontece”, argumenta o parlamentar.
Para JP Miranda, o profissional que ministra treinamento e organiza equipes infantis e infanto-juvenis de futebol deve ter a qualificação necessária para o exercício da função. “Um esporte competitivo como o futebol demanda um esforço físico que, caso feito de maneira errada, pode prejudicar a saúde da criança”, afirma o vereador, observando, ainda, que há casos em que as escolinhas de futebol não dispõem nem mesmo de um local adequado de treinamento.
Ambiente saudável – Mas a preocupação de JP Miranda vai além da prática do esporte em si – ele também quer garantir que todas as escolinhas de futebol sejam um ambiente saudável para a formação do caráter de crianças e adolescentes. “Já houve casos de pessoas de má índole, com propósitos diversos à prática de esportes, que se infiltram nesses ambientes para aliciar menores ou até mesmo praticar a pedofilia. Uma fiscalização rigorosa pode prevenir e coibir essa prática criminosa”, sustenta.
Em seu requerimento, o parlamentar quer saber da Prefeitura, por meio dos setores competentes, se tem sido feita a fiscalização das escolinhas de futebol da cidade e, caso negativo, se é possível implementar uma política mais austera e severa de fiscalização das mesmas, com visitas periódicas acompanhadas de relatórios técnicos, notificação sobre eventuais irregularidades e, se for o caso, até intervenção.
“É importante lembrar que, ainda que não haja uma legislação específica regulamentando as escolinhas de futebol, elas lidam com pessoas em formação, estando, portanto, sob a égide do Estatuto da Criança e do Adolescente e tendo de zelar pelo bem-estar físico e psicológico de seus alunos”, afirma JP Miranda, salientando que seu requerimento visa garantir o caráter educativo dessa prática esportiva.