O professor Denílson de Camargo Mirim discorreu sobre a importância do instituto para a formação profissional no município, questão que também foi tema de requerimento do vereador Péricles Régis (PMDB)
O diretor do Instituto Federal de São Paulo em Sorocaba, professor Denílson de Camargo Mirim, graduado na Fatec e doutor em Tecnologia Nuclear pela USP, utilizou a Tribuna Popular na sessão ordinária desta quinta-feira, 2, para discorrer sobre a necessidade de uma sede própria para o instituto. Implantado em Sorocaba em 2014 e transformado em “campus pleno” em 2016, o Instituto Federal de São Paulo funciona no andar superior do Núcleo de Extensão em Educação, Tecnologia e Cultura da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no Jardim Santa Rosália, e oferece cursos de formação profissional.
Fundado em 1909, o Instituto Federal de São Paulo possui 40 campi em todo o Estado de São Paulo, incluindo o de Sorocaba, que conta com 25 professores e 15 técnicos administrativos e atende cerca de 320 alunos, oferecendo cursos de Técnico em Administração e Eletrotécnica. “Nosso corpo docente, com exceção da UFSCar, é o mais qualificado da cidade, com 80% de professores que são mestres e doutores. Na condição de campus pleno, poderíamos ter 70 professores e 45 técnicos administrativos, atendendo 1.200 alunos. Mas, para isso, é preciso dispor de uma sede com espaço”, afirmou Denílson Mirim.
Antes da Tribuna Popular, o vereador Péricles Regis (PMDB) fez uso da palavra para pedir a aprovação de seu requerimento que também trata de uma sede para o Instituto Federal de São Paulo. “O Instituto possui uma área federal já doada para a construção de uma sede própria num espaço pertencente à antiga Estrada de Ferro Sorocabana, ao lado da Escola Matheus Maylasky, porém, o elevado montante necessário para a reforma das edificações depende de recursos de outras esferas do Executivo”, afirma o vereador no documento.
No requerimento aprovado durante a sessão e que será encaminhado ao Executivo, Péricles Régis quer saber da Prefeitura se existe algum próprio municipal que esteja desocupado e que seja amplo o suficiente para a instalação do campus do Instituto Federal de São Paulo. Também indaga se está nos planos do Executivo a cessão de um próprio por tempo prolongado para a instalação do Instituto ou se a Prefeitura pode locar um imóvel com essa finalidade. Por fim, o vereador quer saber do Executivo se há tratativas com os governos estadual e federal para captação de recursos que possibilitem a reforma dos prédios da ferrovia para instalação do instituto em definitivo.
O vereador Luis Santos (Pros), por sua vez, observou que a Comissão de Educação da Câmara, nos últimos anos, trabalhou com afinco no sentido de resolver o problema das instalações do Instituto Federal de São Paulo, inclusive tentando viabilizar a implantação de um Curso de Aeronáutica no instituto, para formar pilotos e comissários, entre outros profissionais aeronáuticos. Já a vereadora Iara Bernardi (PT) criticou o governo passado por não ter-se mobilizado para conseguir a construção da sede do instituto com verbas federais durante o governo Lula, quando, segundo ela, houve essa possibilidade. E deu como exemplo diversas cidades vizinhas que construíram as sedes próprias do instituto dessa forma, como São Roque, Boituva e Salto.