13/03/2017 18h45


Em reunião com vereadores, prefeito José Crespo reiterou que, no momento, não tem condições de propor aumento salarial

Uma comissão especial de vereadores reuniu-se na tarde desta segunda-feira, 13, com o prefeito José Crespo e secretários municipais para discutir a questão do reajuste salarial dos servidores públicos e propor alternativas de resolução do impasse.

Participaram da reunião os vereadores Rodrigo Manga (DEM), presidente da Câmara; José Francisco Martinez (PSDB), Francisco França (PT), Iara Bernardi (PT), Renan Santos (PCdoB), Fernanda Garcia (PSOL), Hudson Pessini (PMDB) e Fernando Dini (PMDB). Os parlamentares propuseram ao prefeito e secretários municipais apoio financeiro advindo de economias na Câmara Municipal e sugeriram medidas para mitigar o impacto do reajuste – como um possível escalonamento do aumento em parcelas durante o ano.

José Crespo disse que a única proposta da Prefeitura é a que já foi apresentada ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sorocaba (SSPMS): de alterar, de maneira definitiva, a data-base da categoria para outubro. Segundo ele, a administração anterior deixou na Prefeitura um desequilíbrio orçamentário e financeiro no montante de R$ 281 milhões, e o objetivo é primeiramente equilibrar as contas. “A decisão não é de reajuste zero, mas de realizar o equilíbrio financeiro primeiro para no segundo semestre voltarmos a discutir o reajuste”, afirmou, complementando que o município estaria próximo do limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) com o pagamento de salários.

O vereador Francisco França discordou da medida proposta. “A Prefeitura pode chegar em outubro com o caixa zerado, está simplesmente adiando, sabendo que a situação será mais grave”. Renan Santos questionou se o Executivo não cogitou oferecer alguma contrapartida aos servidores, e Crespo respondeu que nesse sentido a Prefeitura só pode dar a garantia de que não haverá exoneração de funcionários nem falta de pagamentos salariais, inclusive do 13°. “Muitas prefeituras já estão deixando de pagar funcionários, eu só posso garantir que isso não irá ocorrer”.