02/08/2017 16h28


Prefeito de Sorocaba, José Crespo, será ouvido na próxima terça-feira, 8, às 15h30

A Comissão Processante que investiga o prefeito José Crespo por suposta infração político-administrativa colheu depoimentos de oito testemunhas nesta quarta-feira, 2, em oitivas realizadas na Sala de Reuniões da Câmara Municipal de Sorocaba.

Os vereadores Fausto Peres (Podemos), presidente da comissão; Vitão do Cachorrão (PMDB), relator; e Silvano Junior (PV) ouviram primeiramente os guardas civis municipais Raiana Mendes Silva e Roberto Duran Campos. Em seguida, prestaram depoimentos a vice-prefeita, Jaqueline Coutinho; o secretário de Gabinete Central, Hudson Zuliani; os servidores Raphael Pironi e Carlos Mendonça; o corregedor-geral do município, Gustavo Barata; e a ex-assessora Tatiane Polis. As demais testemunhas foram dispensadas pela defesa.

O prefeito José Crespo prestará depoimento na Câmara Municipal na próxima terça-feira, 8, às 15h30. Após o encerramento da instrução, será aberto o prazo de cinco dias para o prefeito apresentar suas alegações finais. Decorrido esse prazo, a comissão emitirá parecer final pela procedência ou improcedência da acusação e solicitará ao presidente da Câmara, vereador Rodrigo Manga (DEM), a convocação de sessão para julgamento.

A comissão – A Comissão Processante foi instaurada na sessão de 27 de junho último, com base no Decreto-Lei nº 201, após aprovação em plenário, quando foram sorteados os nomes que a compõem. O pedido de cassação e afastamento do prefeito José Crespo foi protocolado pelo munícipe Helder Abud Paranhos, chefe de gabinete do vereador Renan Santos (PCdoB), em virtude da denúncia de que o prefeito teria agredido verbalmente o secretário Hudson Zuliani, do Gabinete Central, e a vice-prefeita Jaqueline Coutinho, além de supostamente impedir a investigação da possível irregularidade do diploma de uma assessora do Paço Municipal.

De acordo com o Decreto-Lei nº 201, de 27 de fevereiro de 1967, assinado pelo marechal Castello Branco, então presidente da República, a Comissão Processante, após receber o processo, tem o prazo de cinco dias para iniciar seus trabalhos e notificar o prefeito. José Crespo foi notificado pela comissão em 29 de junho. A partir de então, abriu-se o prazo de dez dias para que o chefe do Executivo apresentasse sua defesa prévia, arrolando testemunhas. Em 17 de julho, já de posse da defesa prévia do prefeito, a Comissão Processante decidiu dar prosseguimento ao seu trabalho de investigação, cujo prazo máximo é de 90 dias, contados da notificação do prefeito.