Dia do Rádio é comemorado em sessão solene na Câmara Municipal

 

        O “Dia do Rádio” foi comemorado em sessão solene na Câmara Municipal de Sorocaba na noite de quinta-feira, 21, com a presença de diversos profissionais do rádio sorocabano. A iniciativa foi do vereador Fausto Peres (Podemos), também autor da concessão de Título de Cidadão Sorocabano ao radialista Paulo Silas, entregue na ocasião. A mesa de honra da solenidade foi composta pelas seguintes autoridades: jornalista e radialista Francisco Pagliato Neto, secretário de Relações Institucionais da Prefeitura de Sorocaba e presidente da Rádio e Jornal Ipanema, representando a prefeita Jaqueline Coutinho; o major Franco, do 5º Agrupamento do Corpo de Bombeiros, representando o tenente-coronel Miguel Ângelo de Campos; o diretor-presidente da Rádio Cacique, Rubens Bismara Júnior;  e o secretário de Comunicação Institucional da Câmara Municipal, Carlos Garbo.

 

        Compuseram a mesa estendida as seguintes autoridades: coordenadora do curso de Jornalismo da Uniso, Andreia Sanhudo Torres; coordenador dos Laboratórios de Comunicação da Uniso e diretor de Jornalismo da Rádio Cantate e da Rádio Uniso, Fernando Negrão; e os radialistas Padre Edmilson, José Desidério, Zilá Gonzaga, Décio Clementino, Walter Calis (também professor da Esamc e ex-secretário municipal de Comunicação), Edgar D’Ávila, Guedes Júnior, Maurício Babu Moreira, André Fazano, Douglas Vale, Marcelo Ramalho, Luizinho Rodrigues e Oliveira Júnior. Diversos profissionais das rádios sorocabanas foram homenageados com votos de congratulações.

 

        Rádio e cidadania – O vereador Fausto Peres (Podemos), que também é radialista, afirmou que “o rádio mexe com as pessoas no seu dia a dia, com as características próprias de cada jornalista” e enfatizou: “Cada voz, cada pessoa que faz o rádio, é um espetáculo único, que perdura por gerações”. O parlamentar salientou que o rádio mantém a tradição e agrega novas tecnologias e observou que a sessão solene congregou diversas gerações do rádio sorocabano. “O rádio forma cidadãos e eu, como radialista e locutor, entrei nesse mundo pela fascinação que o rádio me trazia e ainda me traz”, afirmou o vereador, citando o músico norte-americano Steve Allen, para quem “o rádio é o teatro da mente”.

 

        A radialista Zilá Gonzaga, considerada a “Rainha do Rádio” sorocabano, abriu as falas dos radialistas presentes. “O rádio pega a gente pelo coração. Fui muito dedicada às novelas de rádio. As pessoas ficavam tomadas de emoção. Tinha ouvinte que escrevia cartas, xingando o vilão da novela, que maltratava a mocinha”, disse Zilá Gonzaga, exemplificando o poder do rádio no imaginário popular. Também fizeram uso da palavra os radialistas Paulo Silas, José Desidério, Fernando Negrão e Carlos Garbo; o vereador Ralfi Rafael da Silva (PTN), da Câmara Municipal de Osasco; e o secretário Francisco Pagliato, representando a prefeita de Sorocaba. O evento contou com apresentações das cantoras Tereza Badini (acompanhada de Nenê Barbosa e Amaral) e Mariana Veiga. Foram apresentados vídeos sobre a história do rádio e a trajetória de Paulo Silas.

 

        Dados do homenageado – Paulista de Buri, onde nasceu em 18 de outubro de 1947, Paulo Silas Rodrigues de Oliveira – filho de Aníbal Rodrigues de Oliveira e Maria Aparecida Rodrigues Camargo, já falecidos – é casado com Elieide Gonçalves Ferreira. Oriundo de uma família de agricultores, começou a trabalhar aos 9 anos de idade nas colheitas de algodão. Também trabalhou como feirante, engraxate e cobrador de ônibus.

 

        Aos 24 anos, concluiu o curso técnico de Edificação e ingressou no curso de História da antiga Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Sorocaba, atual Uniso. Foi professor de história durante 18 anos em Alumínio, Mairinque e Sorocaba. Iniciou a carreira radiofônica na Rádio Universal de São Roque, em 1986. Em 1990, começou a atuar na Rádio Cacique AM, onde ficou até 1993. Atuou também na Rádio Record de São Paulo e, em 1999, retornou à Rádio Cacique AM, onde permanece.

 

        Dia do Rádio – Oficialmente atribuída ao físico italiano Guglielmo Marconi (1874-1937), ganhador do Prêmio Nobel de 1909, a invenção do rádio também é atribuída ao padre e cientista gaúcho Landell de Moura (1861-1928), que teria feitos transmissões de voz sem fio antes de Marconi. Oficialmente, o rádio foi inaugurado no país por iniciativa do médico e antropólogo Edgar Roquete-Pinto (1884-1954), no dia 7 de setembro de 1922, por ocasião das comemorações do centenário da Independência do Brasil. Foi criada, então, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a PRA-2, que começou a operar em 30 de abril de 1923.

 

        O Dia do Rádio é comemorado tradicionalmente no dia 25 de setembro de cada ano, em homenagem ao dia do nascimento de Roquete-Pinto. Já o Dia do Radialista é tradicionalmente comemorado em 21 de setembro, devido à fixação de um piso salarial para a categoria, pelo presidente Getúlio Vargas, em 1943. Todavia, a Lei Federal 11.327, de 24 de julho de 2006, instituiu o Dia do Radialista na data de 7 de novembro, em homenagem ao compositor, músico e radialista Ary Barroso (1903-1964).